A Justiça recebeu nesta terça-feira (21) a denúncia contra os doze policiais militares acusados de uma chacina no bairro de Nordeste de Amaralina, em agosto do ano passado. Quatro pessoas morreram e um adolescente ficou ferido. Entre os acusados pelo Ministério Público estadual estão dois tenentes, um sargento e nove soldados. A ação policial foi classificada pelo MP como "desastrosa". A denúncia pelo quádruplo homicídio qualificado, homicídio por motivo torpe, perigo comum e impossibilidade de defesa e crime de fraude processual foi feita pela promotora Kárita Cardim de Lima, do Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade Policial (Gacep). Para o MP, os policiais desfizeram a cena do crime, usando luvas para colocar armas nas mãos das vítimas e simular uma troca de tiros, desmentida pela perícia. Os denunciados são os tenentes PM Charles Edgard Silva Freitas e Marcus Paulo da Silva Fraga; sargento PM Pedro Simões de Jesus e soldados PM Cláudio de Jesus Santana, José Eduardo Santos de Almeida, Walter dos Reis Borges, Paulo Ricardo Barbosa Santos, Juarez Batista de Carvalho, Eraldo Menezes de Souza, Leonardo Linhares Pereira Tosta, Fábio do Nascimento e Leonardo Passos Cerqueira. O crime Em 28 de agosto de 2010, pouco depois da meia noite, os policiais chegaram à rua Rodolfo Queiroz em uma viatura da Rondesp e duas da 49ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Disparando tiros de pistola e metralhadoras, os policiais causaram pânico entre os moradores. Baleados várias vezes, foram mortos João dos Santos Piedade Filho, Márcio Nunes Moreira, Anderson Costa dos Santos (de 15 anos) e Danilo Meireles dos Santos. Ferido, Marcos dos Santos só não morreu porque um senhor o arrastou para dentro de sua casa e o levou para o 5º Centro de Saúde. Um médico solicitou então que uma viatura policial transferisse o paciente para o Hospital Roberto Santos. Marcos ficou com medo de seguir com os policiais e se recusou, sendo então agredido com cassetetes na cabeça e na perna e uma facada na mão esquerda. Apesar do fato ter ocorrido em Nordeste de Amaralina, os policiais registraram o caso como resistência na 11ª Delegacia, em Tancredo Neves.
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