Dois policiais foram condenados por fazer parte de uma quadrilha que agiam extorquindo pessoas que, supostamente, estariam cometendo crimes e eram vítimas de flagrantes preparados. Além dos agentes, outros dois integrantes da quadrilha também foram condenados pela participação nos crimes. As penas variam de três a oito anos. Os policiais Antônio Dante Barbosa Ferreira e Jurandir do Amor Divino e os seus comparsas Leonardo Sanches Gonçalves de Almeida e Geisom Sérgio Cerqueira da Fonseca foram denunciados, em abril de 2011, pelo Ministério Público estadual por formação de quadrilha. Além deles, também integrava a quadrilha o policial civil Valmir Borges Gomes, que foi morto por colegas da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) em uma troca de tiros na Avenida Paulo VI, no dia 2 de março de 2011. Na época, colegas de trabalho do oficial chegaram a paralisar as atividades em protesto à morte de Valmir. Segundo informações do Ministério Público da Bahia, a quadrilha atuava arquitetando planos de abordagem contra pessoas que estivessem em "situação de erro", como vendedores de anabolizantes, de drogas, mercadorias sem notas fiscais, dentre outras, atraindo-as para um flagrante previamente preparado por eles e depois exigindo pagamento para não conduzir o suposto infrator para a delegacia. Entenda o casoEm março do ano passado, a vítima L.F.S. foi atraída por integrantes do grupo que disseram estar interessados na aquisição de lança-perfume. No local combinado, nas proximidades do Centro de Convenções, chegaram os policiais Antônio Dante e Valmir Borges. Simulando um flagrante, os policiais ameaçaram a vítima de prisão e informaram que ela só seria liberada mediante o pagamento de R$ 3 mil. Dirigindo seu próprio carro e seguido pela quadrilha, L.F.S. procurou familiares, que, estranhando o comportamento dos policiais, entraram em contato com um delegado da Corregedoria da Polícia Civil, que, por sua vez, contatou com o delegado titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE). O Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (COE) foia cionado e o grupo foi desarticulado após uma operação organizada pela DTE e COE. Na ação, houve troca de tiros e o policial Valmir foi morto, enquanto os demais comparsas fugiram. Segundo a denúncia do MP, os réus já agiam juntos há mais de um ano.
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