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SALVADOR

Prefeitura quer Parque Atlântico pronto antes shopping Aeroclube

Ele terá espaços para crianças, quadras de vôlei, anfiteatro, pista de skate, área de descanso, esculturas e praças de convivência

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28/01/2014 às 10:41 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:54 - há XX semanas
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Depois de remar contra a maré, com anos de entraves judiciais, o Aeroclube promete trazer bons ventos para a orla de Salvador. O novo shopping que será erguido no local se chamará Bosque da Orla e terá, ao seu lado, um parque público de lazer com objetos de celebração ao vento, como antecipou o CORREIO no domingo. Ontem, o projeto foi apresentado, oficialmente, por sua autora, a arquiteta Rosa Grena Kliass. “Quando fui na área, tudo que eu sugeria diziam ‘isso não pode, o vento não deixa’, o vento era o vilão. Resolvi: esse deveria ser um espaço de saudar o vento, com algumas áreas de proteção com dunas, que são comuns nessa parte litorânea”, conta Kliass. A ideia é que parte da energia do parque seja eólica (força dos ventos). O Parque Atlântico, apelidado por Rosa como Parque dos Ventos, custará R$ 10 milhões e será uma das contrapartidas previstas em lei que condicionam a exploração do espaço público pelo Consórcio Parques Urbanos, responsável pelo Aeroclube.
Simulação mostra como ficará a Praça das Águas, um dos espaços do Parque Atlântico, ao lado de shopping
Ele terá espaços para crianças, quadras de vôlei, anfiteatro, pista de skate, área de descanso, esculturas e praças de convivência. O que já foi considerado “o problema mais sério da orla, símbolo do abandono da cidade”, segundo o secretário da Casa Civil municipal, Alberico Mascarenhas, será um “exemplo de parceria a favor da cidade”, nas palavras do empresário Marcos Dória, porta-voz do consórcio. Não há recursos públicos no projeto, que está orçado em R$ 225 milhões. O prefeito ACM Neto afirmou, ontem, que solicitou alterações no projeto para que ele se integrasse aos planos de revitalização da orla. Assim, o parque deverá se integrar à área já reformada da Boca do Rio (no antigo clube do Bahia) e ao Jardim de Alah, que terá a ordem de serviço da reforma assinada em fevereiro. “Serão 250 mil m² de lazer, em um parque integrado”, explica Albérico Mascarenhas. ShoppingO novo centro de compras terá 277 lojas, sendo duas âncoras (principal espaço de uma marca) e cinco megastores. As marcas não foram anunciadas. “Os bons lojistas (do antigo empreendimento) terão espaço”, afirma Dória. Antigos lojistas buscam ressarcimentos dos prejuízos por conta do sucateamento do Aeroclube. Ainda como adiantado pelo CORREIO, o segundo andar contará com restaurantes com vista para o mar - serão oito. Todo o shopping será climatizado e deve aproveitar a iluminação natural. “Esse conceito de shopping que você entra e não sabe se é dia ou se é noite está ultrapassado. Também queremos um shopping com muito verde, inclusive no estacionamento”, diz Antônio Caramelo, da Caramelo Arquitetos Associados, empresa baiana que desenvolve o projeto em parceria com a companhia americana Laguarda Low Architects. “Não tinha esperança que houvesse reversão do abandono. Em Salvador, qualquer lugar era mais charmoso que a orla”, afirma Tasso Jereissati, ex-senador e empresário que se tornou sócio do consórcio com o Grupo Jereissati. O Parques Urbanos diz ter contratado uma consultoria que garante a sustentabilidade financeira do empreendimento. EntraveEntretanto, antes da obra, prevista para começar no segundo semestre e durar dois anos, é preciso resolver a questão do estacionamento do shopping, que deve ter 2.676 vagas. Assim, o centro de compras ocupa quase metade da área disponível.
Shopping Bosque da Orla terá 277 lojas e, no segundo andar, ficarão oito restaurantes voltados para o mar
“Continuamos o diálogo com o Ministério Público, mas, por enquanto, esses ajustes não impedem os encaminhamentos da obra”, disse ACM Neto, adiantando que as ruínas serão implodidas - em data a ser marcada. “Só derrubar aquela estrutura horrorosa já justificaria qualquer coisa, mas pensamos em um equipamento que está vinculado aos anseios da cidade”. Prefeitura quer parque pronto em um ano e meio Na assinatura do contrato entre a prefeitura e o Consórcio Parques Urbanos, ontem, o prefeito ACM Neto fez uma cobrança pública aos empresários do Consórcio: a prefeitura quer que as contrapartidas para a cidade, previstas para a concessão da área, fiquem prontas antes do shopping, cujas obras devem começar no segundo semestre e durar dois anos. Neto deseja que o Parque Atlântico, por exemplo, fique pronto em até 18 meses. A área receberá R$ 1,8 milhão por ano em investimento privado para manutenção. Além do parque, a prefeitura anunciou que uma faixa exclusiva de ônibus entre a Pituba e o Aeroporto deve ser custeada pelo consórcio. Além disso, é obrigatória a construção de duas passarelas interligando o empreendimento à Boca do Rio, cujos moradores serão priorizados na seleção das 3 mil vagas de emprego que serão geradas com a obra. Na lista de contrapartidas do consórcio está previsto também o custeio de 21 pontos de ônibus na cidade e abertura de uma via de baixa velocidade (até 20 km/h) atrás do Aeroclube. Matéria original: Correio24h Prefeitura quer Parque Atlântico pronto antes shopping Aeroclube

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