Com 21 buracos pintados no primeiro dia de movimentação, um grupo de amigos começou nesta segunda (2) um protesto diferente, no Rio Vermelho. Com lata de tinta e um pincel, oito amigos contornaram buracos no asfalto e escreveram ao lado a sigla IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). “Os buracos estão aí, e quando chove os problemas pioram. Alguns enchem de água e precisamos improvisar uma sinalização”, conta Luiza Saad, 26 anos, moradora da Rua Frederico Edelweiss, próxima ao Bompreço. “As pinturas foram um jeito simples de chamar a atenção de quem passava pela rua”, diz. Deu certo.
A advogada Thaís Pires Ribeiro, 28, aprovou a proposta. “Une os moradores e não atrapalha as outras pessoas, além de ajudar indicando onde estão os buracos, que muitas vezes não podem ser vistos”, diz. Felipe Barroco Cunha, 28, advogado especializado em Direito Ambiental e um dos integrantes do grupo, conta que a intenção é ajudar na melhoria da cidade e que o protesto não tem um caráter político, e sim social. “Nós queremos alertar a sociedade sobre os problemas que são deixados de lado. Além de mostrar aos motoristas onde estão os buracos e o tamanho deles. Começamos pelo Rio Vermelho, mas ainda vamos passar pela Barra, Pituba e onde mais tiver buracos”, explica.
Apesar das insistentes tentativas, nenhum representante da Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop) foi encontrado para comentar o protesto, no entanto, ainda na segunda (2), à tarde, uma equipe do órgão foi até a rua Frederico Edelweiss fazer o recapeamento asfáltico. “Os buracos estão lá tem mais de um ano, mas só agora, após o protesto, resolveram fazer algo. A repercussão nas redes sociais, no blog do Rio Vermelho, no iBahia, pode ter contribuído para que o serviço fosse feito”, acredita Luiza Saad. “É bom mostrar que houve uma solução, isso pode incentivar outras pessoas a reivindicar seus direitos”, completa. A inspiração do movimento veio de Barbacena (MG), onde, no mês passado, moradores pintaram os buracos em protesto contra as más condições. Depois da cidade mineira, a ideia se espalhou, chegando a outras cidades do estado, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus. Veja aqui Denúncia do internauta: Moradores do Rio Vermelho reclamam de buracos na pista
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