Quarto suspeito da morte de morador de rua se entrega à polícia

O quarto suspeito de ter participado na morte do um morador de rua Daniel Pinto dos Santos, 26 anos, que teve 60 por cento do corpo queimado na madrugada de sábado (7), se apresentou à polícia na manhã desta terça-feira (10). Moisés Silva dos Santos se entregou na 7ª Delegacia Territorial (DT/Rio Vermelho). O primo dele, Gustavo Silva dos Santos - mandante do crime - foi preso na noite de ontem. Os outros dois acusados pelo crime, Franklin Nascimento Pires e Jadson Santos Dórea, que também é primo de Gustavo e Moisés, procuraram atendimento médico no HGE com queimaduras pelo corpo durante o ataque. Eles estão custodiados na unidade médica e serão presos após receberem alta. Segundo a polícia, o responsável pelo crime, Gustavo, é um traficante conhecido no bairro da Federação. Após o ataque, ele se escondeu em uma casa em Cajazeiras, onde foi encontrado e preso. Segundo a polícia, o taxista, que teria facilitado à fuga do quarteto, continua sendo procurado. VingançaEm depoimento à delegada Dalva Cardoso, titular da 3ª Delegacia de Homicídios, Jadson e Franklin, que estão internados, identificaram outros dois homens como cúmplices do crime. Ambos tiveram suas casas localizadas por investigadores do DHPP, mas, segundo familiares, fugiram quando viram Jadson dando entrevista a uma emissora de TV local, e souberam que eram procurados. Segundo a delegada, o grupo é procedente do Garcia, Alto do Gantois e Federação. Ouvidos na unidade hospitalar, onde procuraram atendimento médico, Franklin, com queimaduras nos braços e nas pernas, e Jadson, com a virilha e o rosto queimados, declararam que o objetivo do grupo era vingar-se de um morador de rua que, na terça-feira (3), teria roubado o aparelho celular de Gustavo. Em entrevista a TV Bahia, a delegada responsável pelo caso disse que ao chegar onde estaria o autor do roubo, conhecido como Gordo, o grupo abordou Daniel e perguntou por ele. Daniel informou que Gordo havia saído minutos antes do local. Mesmo sabendo que Daniel não era quem eles procuravam, Gustavo teria ordenado aos colegas para atear fogo no morador de rua. Gustavo e Franklin jogaram gasolina sobre a vítima e Moisés ateou fogo, acendendo um isqueiro. Com o corpo em chamas, o morador de rua teria conseguido fugir do grupo, correndo 300 metros em direção à Estação da Lapa, onde uma guarnição da Polícia Militar o socorreu, encaminhando-o para o Hospital Geral do Estado. Com 60% do corpo queimado, Daniel não resistiu à gravidade da agressão, morrendo, no domingo (8). Ele foi enterrado no final da tarde de hoje (10) no cemitério da Quinta dos Lázaros.