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SALVADOR

Rodoviários fazem desfile fúnebre de motorista na avenida Bonocô

O desfile acontece em protesto contra a morte do rodoviário, que foi assassinado quando ia para o trabalho no bairro de Cosme de Farias

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09/06/2011 às 13:32 • Atualizada em 27/08/2022 às 1:47 - há XX semanas
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Dezenas de rodoviários, familiares e moradores do bairro de Cosme de Farias fazem o desfile fúnebre do motorista Gilmar Gomes de Lima, 41 anos, na avenida Bonocô, sentido centro, no início da tarde desta quinta-feira (08). De acordo com agentes da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), os manifestantes ocupam todas as faixas da via, provocando lentidão no trânsito da Bonocô e interferindo no fluxo de veículos na avenida Paralela. O desfile acontece em protesto contra a morte do rodoviário, que foi assassinado quando ia para o trabalho na Ladeira da Paz, no bairro de Cosme de Farias, por volta das 6 horas da manhã de ontem. O corpo do motorista será enterrado às 15 horas desta quinta-feira no cemitério Quinta dos Lázaros, para onde o corpo está sendo levado. Mais protestos A insegurança nas ruas próximas a uma das principais avenidas de Salvador, a Mário Leal Ferreira (Bonocô), causou a revolta de cerca de 100 moradores da Baixa da Paz, em Cosme de Farias, na manhã de ontem. Depois da morte de Gilmar Gomes de Lima, eles queimaram pneus, madeira e papelões e fecharam o trânsito. Por volta das 10h, os dois sentidos da avenida foram bloqueados, o que durou cerca de 20 minutos. Com isso, a lentidão atingiu a avenida Paralela. Os bombeiros chegaram no local, mas só conseguiram conter o fogo após negociação da Polícia Militar com os moradores. “Na hora que a gente precisa de polícia, não aparece. Um pai de família saindo para trabalhar é morto. A vida hoje não vale mais nada”, disse a doméstica Anaildes Oliveira, 58, vizinha de Gilmar. De acordo com os manifestantes, os assaltos costumam ocorrer com mais frequência no início da manhã, quando a maioria dos moradores sai para trabalhar. “Aqui a gente fica com medo de sair. Os vagabundos ficam na passarela e isso causa uma revolta imensa”, reclamou a dona de casa Georgina Cunha, 52. A avenida só foi completamente liberada no final da manhã.

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