Os rodoviários de Salvador retomaram as atividades, no início da noite desta quinta-feira (14), após paralisarem as atividades em todos os terminais de Salvador. Na Estação de Transbordo do Iguatemi, a fila de ônibus parados ultrapassa à região da Madeireira Brotas, na avenida Tancredo Neves. Filas também se formam nas estações Mussurunga e Pirajá e em avenidas de grande circulação, como Bonocô, Juracy Magalhães. Por conta da paralisação, o trânsito no centro da cidade ficou parado.
Os rodoviários decidiram, por unanimidade, entrar em greve a partir da 0h da próxima quarta-feira (20). De acordo com a assessoria dos rodoviários, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) não apresentou novas propostas até a manhã desta quinta-feira. Caso nenhuma proposta seja apresentada até o final das 72h, Salvador deve amanhecer sem ônibus a partir das primeiras horas da quarta-feira (20). Sem acordoNa quarta-feira (13), representantes dos rodoviários e dos sindicatos patronais se reuniram na sede do MPT, na Vitória, para negociar a situação, mas não houve acordo. A assessoria do MPT informou que, devido ao impasse, os procuradores responsáveis pelo caso decidiram encerrar a mediação. “Agora, cabe às duas partes tentar retomar a negociação diretamente ou requerer uma nova mediação ao MPT ou à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE)”, divulgou o MPT. O pedido de mediação à SRTE foi feito ontem. A proposta elaborada pelos promotores do MPT estabelecia ganho real de 2,5% acima da inflação no ano para os rodoviários e determinava o aumento no valor do tíquete alimentício de R$ 14 para R$ 16, com 5% de contrapartida para os trabalhadores. A proposta estabelecia ainda a redução de 50% no valor do plano de saúde, passando de R$ 27 para R$ 13,50. Por fim, o MPT propôs também a criação de uma comissão para a implantação do Programa de Participação nos Lucros e Resultados, com prazo de 60 dias. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, a proposta apresentada pelos promotores não atendia integralmente ao que foi solicitado pela categoria, mas os rodoviários estavam dispostos a aceitar. “Pedimos um reajuste de 20% e o fim da contrapartida no tíquete-alimentação e no plano de saúde. Isso não foi atendido, mas, ainda assim, a gente iria aceitar. O sindicato patronal foi quem manteve a intransigência”, disse.
Fila de ônibus na região do Iguatemi se formou durante a tarde (Foto: Juarez Soares) |
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade