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SALVADOR

Salvador e RMS tiveram 2.037 mortos por homicídios no ano passado

É como se um avião lotado caísse por mês. Secretário da Segurança destaca redução com relação a outros anos

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05/01/2012 às 8:08 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:24 - há XX semanas
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Um avião lotado cai por mês em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Se você não vê, a gente mostra: em média, 169 pessoas são assassinadas mensalmente na capital e cidades vizinhas, segundo números dos boletins disponíveis no site da Secretaria da Segurança Pública (SSP). São mais vidas perdidas que as 154 que caíram na Floresta Amazônica no acidente do boeing da Gol em 2006, um dos maiores desastres da história da aviação brasileira. Ao todo, em 2011 ocorreram 2.037 homicídios em Salvador e Região Metropolitana – 1.945 registrados nos boletins diários do site, entre 17 de janeiro e 31 de dezembro, mais 92 mortes dos primeiros 16 dias do ano, apontadas em balanço mensal também disponível na página da SSP. Os números mostram uma redução dos assassinatos em Salvador com relação a 2010, mas um aumento da violência nos municípios da RMS. Enquanto na capital a taxa de homicídios por 100 mil habitantes caiu de 61,26 em 2010 para 53,51 em 2011 (queda de 12,65%), nas cidades vizinhas esse índice subiu de 66,52 para 70,55 (aumento de 6,05%). Promessa“O balanço oficial do ano será fechado até o final deste mês e, com eles em mãos, vamos estabelecer metas de redução de homicídios para 2012. Metas exequíveis, pois não existe mágica no combate à violência”, prometeu o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa. Entre as vítimas de homicídios, a maioria é formada por jovens de 19 a 29 anos, do sexo masculino. A média de idade dos mortos é de 27,8 anos, sendo que 109 vítimas tinham menos de 18 anos. A região mais violenta é a do Subúrbio Ferroviário (Aisp 16), onde está Fazenda Coutos, bairro que receberá a próxima Base Comunitária de Segurança. O mês em que mais se matou foi maio (189 mortes), seguido de outubro (187). Nos números não estão contabilizados os autos de resistência - pessoas mortas pela polícia em alegados confrontos. Até julho, quando o CORREIO publicou a série 1000 Vidas, após o milésimo homicídio em Salvador, a SSP informou que 77 pessoas morreram em autos de resistência desde janeiro, na capital e RMS. À época, Barbosa afirmou que a secretaria passaria a divulgar esses, o que ainda não aconteceu. Cobrado, o secretário reiterou o compromisso. “Não há problema em divulgar esses números. Pretendo fazer isso ainda este ano”. Secretário destaca redução do número de mortes nos últimos 10 anosO balanço final da Secretaria da Segurança Pública (SSP) com os índices de criminalidade e atividade policial de 2011 só ficará pronto no final deste mês. Ainda assim, o titular da pasta, Maurício Barbosa, já destaca que após dez anos com seguidas altas nos homicídios, em 2011 os assassinatos diminuíram na Bahia. No primeiro semestre do ano passado, os números da SSP apontaram uma redução de 16% nos homicídios em relação ao mesmo período de 2010. “Podemos não ter esta redução de 16% (nos números finais), mas com certeza reduzimos os assassinatos e qualquer vida preservada é importante”, disse Barbosa ontem, por telefone. Ele enfatizou que após a criação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o índice de identificação de autoria de assassinatos subiu de 10% para 25%. Na sequência, lembrou do lançamento do programa Pacto Pela Vida, que prevê ações entre diversas secretarias para a redução da criminalidade. Neste âmbito, foram implantadas Bases Comunitárias de Segurança no Calabar e no Nordeste de Amaralina e estão previstas mais 12 este ano no estado, a primeira em Fazenda Coutos. Barbosa garante que haverá concurso para todas as categorias da polícia este ano e lembra que a partir de 2013 será paga gratificação para policiais que reduzirem a criminalidade em suas áreas. Por fim, o secretário destaca que serão implantadas mais dez delegacias. “Estamos num trabalho contínuo de prevenção e enfrentamento do crime. Reduzir homicídios é nossa prioridade, mas não acontece de um dia pro outro, é a longo prazo”, concluiu.

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