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SALVADOR

Salvador ganha 326 novos radares; confira os locais

Transalvador quer ativar aparelhos já em abril; custo será de R$ 40 milhões, com 36 meses de concessão

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16/03/2014 às 10:15 • Atualizada em 28/08/2022 às 22:06 - há XX semanas
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A fiscalização no trânsito de Salvador ficará mais rígida ainda neste primeiro semestre. Se tudo correr dentro dos prazos previstos pela Transalvador, novos radares começam a ser instalados nas principais vias da cidade em 30 dias, contando a partir da próxima quinta-feira, quando ocorre um pregão para escolher a empresa que irá instalar e operar os equipamentos. O CORREIO mostra os 208 pontos onde vão ficar os 326 novos radares (abaixo), que terão custo de R$ 40 milhões, com 36 meses de concessão.Segundo o diretor de trânsito da Transalvador, Marcelo Correa, os aparelhos serão implantados de forma gradual, com prioridade para os locais onde há mais acidentes graves: as avenidas Paralela, ACM, Bonocô e Suburbana. “Se o pregão terminar no dia 19 mesmo, o prazo de início de operação é 30 dias e já temos o planejamento de instalação até dezembro”, informa. A previsão é que até novembro, 250 das 504 faixas de trânsito previstas para serem atendidas já tenham os novos equipamentos. O prazo para que todos os radares estejam funcionando é o segundo semestre do ano que vem.FUNÇÕES Além de verificar velocidade e avanço de sinal, como ocorre com os radares já instalados na capital, os novos instrumentos também serão responsáveis por fiscalizar outras infrações de trânsito. A ideia é pegar o condutor que já conhece as posições dos equipamentos e “faz bonito” só perto deles. “Estamos pedindo na licitação equipamentos mais modernos em que o laço detector (da velocidade), que fica no asfalto, não fique exposto e não esteja necessariamente ao lado do equipamento que faz a captura da imagem do veículo”, explica o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller. Isso quer dizer que o veículo pode, por exemplo, ter a medição da velocidade em um ponto e só mais à frente ser identificado.“O que queremos é evitar que o motorista abuse da velocidade, e não deixar muito espaço para que cometa infrações. Vamos ter uma quantidade suficiente de aparelhos] para evitar que o motorista só freie quando ver o radar”, endossa Correa.SOFISTICAÇÃO Os motociclistas devem ficar bastante atentos às mudanças. Segundo Correa, “os fotossensores agora vão identificar quem trafega entre os veículos”. Outra novidade é a fiscalização das faixas exclusivas de ônibus, que também passa a ser eletrônica, garantindo que outros veículos não trafeguem nestes espaços. A aquisição destas novidades tecnológicas, como garante Muller, não significa início da fiscalização das faixas exclusivas de ônibus, mas isso está em estudo.De acordo com Correa, os radares serão instalados em locais onde já havia fiscalização eletrônica ou nas proximidades. Os radares móveis e as lombadas eletrônicas também voltam a ser usadas na fiscalização. “Os móveis já devem começar a funcionar logo, porque são mais fáceis de usar e não demandam tempo de instalação”, justifica.Além de verificar infrações, a fiscalização eletrônica vai ajudar também no planejamento do trânsito de Salvador. “Vamos ter contagem volumétrica para saber quantos carros passam em determinado espaço de tempo, em quantas faixas de trânsito e fazer ajuste na programação semafórica”, detalha Correa. Os aparelhos também serão capazes de identificar a origem e destino dos carros. “Vamos saber, por exemplo, quantos carros saíram da Paralela e foram para a ACM”, antecipa.SUCATA Tanta tecnologia contrasta com a atual realidade da fiscalização na capital. Somente 80 radares híbridos estão em funcionamento. “Eles funcionam junto aos semáforos e fiscalizam velocidade, avanço de sinal e parada sobre a faixa. É um quantitativo muito pequeno”, considera o diretor de trânsito. Dos antigos fotossensores só restaram as caixas. “Hoje não tem mais nada ali dentro. Só ficaram as caixas mesmo, que estão sendo retiradas”, afirma Correa. Os equipamentos que estão em funcionamento não vão ser substituídos pelos que estão prestes a chegar. Fotossensores devem registrar 70% das infraçõesA expectativa do superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, é que 70% da arrecadação por multas passe a ser através da nova estrutura de fiscalização eletrônica. “Apesar de esse não ser o objetivo da fiscalização, em um primeiro momento, deve aumentar (a arrecadação do órgão), mas a tendência é que isso diminua conforme as pessoas forem reeducadas”, considera. Para a especialista em trânsito Cristina Aragón, a importância da penalização dos que não andam na linha pelo bolso é educativa. “Isso que falam (de indústria das multas) é algo tão retrógrado, é uma defesa do infrator, que quer ficar impune”, aponta. Para ela, desde a notícia da interrupção da fiscalização eletrônica em Salvador, em fevereiro de 2011, por falta de pagamento e interrupção do contrato com a empresa responsável, durante a gestão do prefeito João Henrique Carneiro, cresceu a gravidade dos acidentes na capital. “A fiscalização eletrônica faz com que se cumpra a lei. Se isso não existe, há um reflexo na gravidade e no número de acidentes de trânsito relacionados ao excesso de velocidade”, afirma a especialista. Em 2013, a Avenida ACM foi a recordista em número de acidentes entre as vias mais movimentadas da cidade, com registro de 1.263 casos e nove vítimas fatais. O QUE DIZ A LEI SOBRE A COLOCAÇÃO DE RADARESEm dezembro de 2011, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) revisou os requisitos para instalação de equipamentos de medição de velocidade. Saiba o que diz a resolução em vigor. É permitido a instalação de medidores de velocidade escondidos? Não. A Resolução 396 de 13 dezembro de 2011 do Contran exige que o órgão de trânsito garanta a visibilidade do equipamento.O condutor precisa ser avisado, com placas, sobre a existência de fiscalização eletrônica na via? Não. A única placa exigida para que haja equipamentos de medição de velocidade nas ruas e avenidas é a de limite máximo permitido na via.Os radares estáticos, popularmente conhecidos como móveis, podem ser instalados em qualquer local? Qualquer uso de equipamentos de medição deve ser precedido de estudos técnicos, no caso dos radares estáticos. Além disso, eles só podem ser instalados com distância superior a 500 metros de um radar fixo. Matéria Original: Correio 24h

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