Servidor municipal vai ter novo plano de saúde; confira valores

Depois de anos sem assistência médica, os servidores públicos municipais terão direito a um plano de saúde pagando, no máximo, R$ 400 por mês. O Hapvida foi a operadora habilitada a prestar serviços médicos e hospitalares ao funcionalismo. Um seguro individual do mesmo plano - segundo corretores ouvidos pelo CORREIO - é contratado a preços entre R$ 114 e R$ 682, a depender da idade do segurado.

O secretário de Gestão de Salvador, Alexandre Pauperio, disse que a tabela com os valores para o servidor ainda está sendo fechada, mas levará em consideração dois fatores: faixa etária e remuneração.

Ele explica que a prefeitura deve arcar com 60% dos custos do plano de saúde e o funcionalismo com 40%. “Mas isso não é linear. Quem ganha acima de R$ 4 mil, por exemplo, pagará o plano integralmente. Mas ninguém vai desenbolsar mais de R$ 400 por mês”. Entre os critérios estabelecidos para o desconto em folha ficou definido três faixas etárias. Quem tem até 38 anos não pagará mais do que R$ 80 por mês (veja tabela abaixo).

Pauperio informou que todos os servidores, incluindo os inativos, e seus dependentes legais terão direito ao plano de saúde, cuja escolha é opcional. “A nossa expectativa é que 40 mil pessoas façam a adesão”.

O secretário acredita que os interessados já possam utilizar os serviços do Hapvida a partir de 1º de maio. “Nossa previsão é começar a adesão no dia 17”. Os segurados não terão carência (prazos para ter direito a determinados serviços) e o plano ofertado, apesar de ser o básico, não terá coparticipação (quando parte do procedimento é paga pelo usuário).

Mesmo desembolsando R$ 1.159,20 por mês com um plano básico da SulAmérica, a aposentada Dilma Serravalle, 63 anos, não vai trocar de convênio imediatamente. “Como ainda não tenho informações sobre o serviço prestado por esse plano, como a rede credenciada, prefiro esperar um pouco. Não quero me precipitar”.

Segurada do Hapvida há quase um ano, a baiana de acarajé Antônia Maria Cardoso não gostou de saber que o seu plano vai abrigar servidores municipais. “Já temos dificuldade de falar com a central de atendimento para marcar consultas. Imagina agora”. Para ela, outro inconveniente da operadora é que os atendimentos só são feitos em clínicas próprias. “Isso sem falar que só tem um hospital, o Teresa de Lisieux”.

Mesmo com essas ressalvas, a servidora Carla Silva, 54 anos, diz aguardar ansiosa para fazer a adesão. “Para quem não tem nenhum, já é um grande avanço. É muito melhor do que ir para a fila do SUS”, opinou.

Insatisfeito com o fato de apenas uma empresa ter sido habilitada, o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Bruno Cariranha, pretende convocar todo o funcionalismo para discutir o assunto em assembleia. “Acreditamos que houve uma tendência para habilitar apenas o Hapvida. Vamos exigir novo credenciamento”.

Além do plano de saúde, o funcionalismo municipal de Salvador terá direito a plano odontológico. O secretário Alexandre Pauperio contou que duas empresas foram habilitadas para o serviço: Hapvida e Prodent. “O servidor poderá escolher. O valor será o mesmo: R$ 9,90 para cada beneficiário”.