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SALVADOR

Soteropolitanos preferem São João a Carnaval, diz pesquisa

Ao contrário do que muitos brasileiros pensam, os moradores da capital baiana não são tão adeptos da folia carnavalesca

• 27/08/2012 às 17:30 • Atualizada em 29/08/2022 às 6:05 - há XX semanas

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Carnaval perde a preferência dos soteropolitanos para os festejos juninos
Em pesquisa divulgada nesta segunda-feira(27) pelo jornal Correio*, em parceria com o instituto Futura, saíram dados atualizados sobre as impressões e hábitos dos soteropolitanos, relativos às festas populares. E um dos indicativos - que pode ter a ver com a decaída, pelo segundo ano consecutivo, do estilo conhecido como axé music (que caiu da 4ª para a 8ª posição no ranking) - é de que os moradores da capital baiana não são exatamente adeptos da maior festa de rua do planeta, e gostam dos festejos juninos que ocorrem todos os anos por todo o Estado da Bahia. Veja também: Arrocha bate axé e pagode na preferência popular, mas MPB ainda é o preferido em Salvador Veja o resultado da pesquisa Futura/Correio de 2011 Ao todo foram entrevistadas, pela pesquisa do Futura, 399 pessoas, em Salvador, nas seguintes regiões: Centro Histórico; Itapagipe; Pirajá; Liberdade; Brotas; Barra; Rio Vermelho; Pituba; Boca do Rio; Itapuã; Cabula; Estrada das Barreiras; Pau da Lima; Cajazeiras; Valéria e Subúrbio Ferroviário.
Entre o Carnaval e o São João qual a festa que o(a) sr.(a) prefere? Fonte: Pesquisa Correio*/Futura
Entre o Carnaval e a Festa de São João, os soteropolitanos têm preferência pela festa tipicamente caipira, pois 58,1% afirmaram preferir esta festa, enquanto 19,5% têm preferência pelo carnaval. Mesmo tendo um percentual baixo, 63,7% dos entrevistados permanecem em Salvador no período do Carnaval. Esses números não mudaram consideravelmente da pesquisa anterior para esta. Questionado pelo iBahia se prefere São João ou Carnaval, o estudante Gustavo Marques, 15 anos, revela sua preferência pelo carnaval e diz porquê. "Porque o carnaval tem uma variedade de músicas, ai dá pra curtir tudo", defende Gustavo. Homens jovens são maioria no Carnaval Ainda de acordo com a pesquisa do Futura, entre os que gostam de carnaval, estão principalmente os homens (54,1%), e os entrevistados nas faixas de 16 a 19 anos (59,4%) e de 20 a 29 (59,8%) anos. A classe social não interfere muito no gosto pelo carnaval. As classes A/B, C e D/E obtiveram percentuais muito parecidos, mostrando que o gosto pela festa não remete a uma classe social específica. Há ainda um percentual expressivo de pessoas que não gostam das duas festas, 14,8%. Esse número diminuiu em relação à pesquisa passada, em que esse percentual foi de 17,3%. Em declaração ao iBahia, a publicitária Lorena Abuchedid, 32 anos, defende os festejos juninos. "Gosto mais do São João, porque é uma festa que ainda mantém as características originais, desde as roupas, comidas e músicas. E além disso, é uma festa acessível para todos. O carnaval já perdeu há muito tempo a originalidade, hoje é uma festa paga. Camarotes, blocos.... O espaço que sobra pra quem quer curtir o carnaval é muito pouco", explica Lorena. Curtir, viajar, trabalhar ou ficar em casa no Carnaval? Outra pesquisa, realizada pela Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SE I/Seplan) em 2009, revela os hábitos dos soteropolitanos durante o carnaval.
O resultado (ver tabela ao lado) mostra que estiveram brincando pelo menos um dia no Carnaval de 2009 aproximadamente 478 mil moradores de Salvador, o que representa 19% da população. Outros 100 mil habitantes foram à festa trabalhar. Os demais moradores, cerca de 1,93 milhão de pessoas, não foram à festa em nenhum dos seis dias (1,57 milhão ficaram na capital e 360 mil viajaram). O não comparecimento ao evento de 77% da população local (62,7% ficaram em Salvador e 14,3% viajaram) é a principal revelação assinalada pela pesquisa. Nesse estudo, foi considerado folião o morador da capital que brincou o Carnaval de várias maneiras, como “pipoca”, em bloco ou em camarote. Os foliões conhecidos como “pipoca” continuam predominantes na festa. No Suplemento 2009, 62,1% dos entrevistados afirmaram ter brincado sem utilizar os recursos organizativos oferecidos pela estrutura privada da festa – blocos, camarotes ou arquibancadas. Por outro lado, o grupo de pesquisados que saiu exclusivamente em blocos representou 15,5% do total e os que optaram apenas por camarotes foram 8,5%, diz o relatório da Secult/BA. A editora de vídeo Iris Oliveira, 29 anos, ficou na dúvida, mas optou pela folia carnavalesca. "Amo São João, festa do interior, familiar, comidas... nasci em junho..., mas carnaval é libertação. É uma festa que celebra a própria condição de festa... carnaval (de verdade, o que conhecemos e torcemos para que um dia Salvador volte a ter) é festa de baco, de magia, de encontros, gosto muito de fantasia. Sou carioca, gosto de samba, gosto de escola de samba... gosto de bloco, carnaval de rua. Tem também a abertura para os blocos afro é um espaço de libertação, esculhambação e protesto", analisa Iris. *Colaborou o jornalista Luciano Matos, editor do Portal iBahia.

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