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SALVADOR

SSP afasta policiais envolvidos no caso de Nordeste de Amaralina

Eles estarão impedidos de exercer suas funções até que as investigações sejam concluídas

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14/06/2013 às 12:59 • Atualizada em 27/08/2022 às 4:45 - há XX semanas
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A Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP) confirmou na manhã desta sexta-feira (14) que todos os sete policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte de Carlos Alberto Júnior, 21, serão afastados. A decisão partiu do próprio secretário Maurício Teles Barbosa, que optou por impedi-los de exercer suas funções até que a investigação sobre o caso seja concluída.
Segundo moradores, Júnior foi executado por policiais da 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (Nordeste de Amaralina) na manhã de ontem. Ele era primo do menino Joel, morto por policiais militares em 2010. Eles relatam também que o jovem trabalhava no Gran Hotel, na Barra, e estava indo jogar bola. “Ele disse pra eu adiantar porque resolveu parar em um bar”, contou um de seus primos que estava com a vítima momentos antes do incidente. Ele afirma que no trajeto até o campo foi abordado por quatro PMs, que teriam lhe mandado correr. “Disse que não ia correr porque sou trabalhador e fui imobilizado”, contou o rapaz, que diz ter ouvido três tiros neste momento.
Trecho de saída da Avenida Manoel Dias foi bloqueado em três momentos do dia, com móveis velhos e pneus que foram incendiados
De acordo com amigos de Júnior, os policiais mataram o jovem e tentaram forjar provas para incriminá-lo. “Ele tinha saído do bar quando foi cercado por quatro PMs. Eles chegaram atirando”, disse um deles. “Depois, colocaram a arma na mão dele. Todo mundo viu”, disse o outro amigo da vítima.
A versão da polícia é bastante diferente. Segundo eles, os PMs da Base Comunitária de Segurança realizavam uma ronda na localidade de Olaria e teriam sido recebidos a tiros pelos moradores. Teria havido uma troca de tiros e Júnior foi morto. Eles alegam terem apreendidos também um revólver calibre 38 e pedras de crack. Em um terreno próximo, eles também encontraram uma pistola calibre 32. A morte foi registrada como Auto de Resistência na Corregedoria da corporação e não na delegacia do Nordeste.
Por causa do ocorrido, moradores da região realizaram três manifestações distintas: duas pela tarde e uma outra pela noite, onde bloquearam a avenida Manoel Dias da Silva ao atear fogo a lixo e móveis. Segundo a polícia, eles também chegaram a atear fogo em um coletivo.
Júnior será enterrado na tarde de hoje no cemitério Campo Santo, no bairro da Federação. A família ainda não decidiu o horário em que o sepultamento irá ocorrer. "Colocaram a arma na mão dele", diz amigo de rapaz morto no Nordeste de Amaralina
Caso Joel: policiais aguardam julgamento por homicídio de garoto
Atualmente, os policiais envolvidos na morte do garoto Joel, em 2010, respondem em liberdade a processo judicial, segundo assessoria da PM, que afirmou que todos estão afastados. Nove policiais foram denunciados pelo Ministério Público como autores do crime, incluindo o tenente Alexinaldo Santos Souza, que comandou a operação, e Eraldo Menezes de Souza, autor do tiro que atingiu a criança.
Além deles, foram indiciados Leonardo Passos Cerqueira, Robson dos Santos Neves, Paulo José Oliveira Andrade, Nilton César dos Reis Santana, Luís Carlos Ribeiro Santana, Juarez Batista de Carvalho e Maurício dos Santos Santana. Joel foi morto durante uma operação no Nordeste de Amaralina. Na ocasião, o menino estava dentro de casa e se preparava para dormir, quando foi baleado.
Matéria original Correio 24h

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