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SALVADOR

Três suspeitos de executar cadeirante em Valéria são presos

Alguns objetos roubados da casa do cadeirante foi encontrado com os acusados

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15/03/2012 às 17:04 • Atualizada em 27/08/2022 às 6:04 - há XX semanas
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Waldir foi morto a tiros no último domingo
Três homens foram presos no início da noite desta quarta-feira (15) sob suspeita de terem executado o deficiente físico Waldir Santos, 48 anos, no último domingo (10) no bairro de Valéria. Segundo informações do delegado Antônio Carlos Santos, titular da 5ª Delegacia Territorial (DT- Periperi), alguns objetos roubados da casa do cadeirante foi encontrado com os acusados. Alberto dos Santos Souza, 18 anos, Vinícius Reis dos Santos, 28, o Caveirinha, e Emerson Lopes Alves, o Zé, 20, foram presos em Fazenda Coutos com cerca de 500 embalagens de maconha prontas para a venda e um revolver 38 municiado. "Algumas coisas roubadas da casa do cadeirante foram encontradas com os três, mas eles não confessaram o assassinato e apontaram outras pessoas como responsáveis pelo assassinato", explicou o delegado Antônio Carlos. Além de apontarem outros suspeitos, os presos ainda acusaram Waldir de ter envolvimento com o tráfico de drogas da localidade de Santo Antônio. "Há suspeitas de que a arma encontrada com o trio tenha sido utilizada na execução de Waldir", falou Antônio Carlos. Diferentes versõesA polícia trabalha com uma nova linha de investigação para a morte do deficiente físico Waldir Santos, 48 anos, ocorrida no domingo. Novas testemunhas do Conjunto Morada da Lagoa, ouvidas pelo CORREIO, nesta terça (13), indicam que a morte de Gordo, como a vítima também era conhecida, pode não ter sido acidental. Os nove tiros que atingiram o comerciante, de acordo com os relatos, seriam fruto de uma retaliação do atual chefe da boca de fumo, o traficante conhecido como Negão. “Quando Waldir estava voltando para casa, um homem atirou para cima e disse: ‘é você mesmo desgraça que tô querendo pegar’. Em seguida atirou pra valer nele. Essa é a única lei que vale aqui. A lei do tráfico”, diz uma moradora. Na versão relatada por parentes ao CORREIO, Waldir teria passado no meio de um tiroteio entre gangues de traficantes e não conseguiu escapar porque a sua cadeira de rodas motorizada descarregou. Mas um morador apontou como autor do homicídio um traficante conhecido como Galego. Outro vizinho conta que um criminoso chamado Galha estava no momento do crime e que os dois são do bando de Negão. No entanto, tanto a família, quanto os vizinhos atestam que o comerciante morto não tinha envolvimento com o tráfico e era um cidadão de bem. O motivo da execução seria porque ele era amigo de Duzinho, antigo comandante da área e rival de Negão. “Duzinho frequentava o bar dele, trocavam algumas palavras, nada demais. Em bairro perigoso como esse é preciso cumprimentar os traficantes. É uma questão de sobrevivência. O problema é que Duzinho morreu ano passado e agora Negão extermina quem acha que era amigo do rival”, ressalta um vizinho. Saúde O titular da 5ªDT (Periperi), Antônio Carlos Magalhães Santos, confirma que Duzinho morreu numa troca de tiros com a polícia, mas garante que, apesar de existir o tráfico na área, os relatos de medo dos moradores não procedem. No entanto, pelo boletim de ocorrência sobre o caso, também imagina que se trata de uma execução. Mas o delegado não confirma a liderança de Negão no tráfico do Conjunto Morada da Lagoa. O presidente da Associação Municipal e Metropolitana das Pessoas com Deficência (Ampdef), Cledson Cruz, confirma a proximidade do amigo com o ex-comandante da área e revela que parte da comunidade já sabia que Waldir estava ameaçado de morte. “Após a morte de meu amigo, alguns moradores me contaram que há algum tempo ele estava jurado de morte. Mas ninguém avisou”, afirma.

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