O único sobrevivente da chacina de motoristas por aplicativo, que aconteceu em 2019, prestou depoimento durante júri popular nesta quarta-feira (19). A sessão julgava Amanda Franco da Silva Santos, única suspeita sobrevivente.
"Eles me chamaram pelo aplicativo por volta das 5h40 da manhã com um perfil de nome Sávio e, quando eu cheguei na entrada da rua, disse que não entraria por questões de segurança. Vieram um homem e uma travesti. Quando entraram no carro, colocaram duas armas na minha cabeça, começaram a me xingar e me deram coronhadas na cabeça", contou Nivaldo Santos Vieira, o único sobrevivente, durante a sessão.
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A promotora do caso, Mirella Barros Conceição Brito, relembrou o caso e apresentou provas e trechos de depoimento colhidos em investigação ao júri. "O Ministério Público suplica que as materialidades apresentadas sejam acolhidas. A torpeza pode ser reconhecida, seja pela história da Amanda em relação aos Ubers, seja pela ajuda no tráfico de drogas. Amanda tem capacidade cognitiva suficiente para compreender o que foi por ela praticado", concluiu ela após a apresentação dos materiais.
O julgamento ainda está em andamento e irá ouvir a defesa de Amanda. Posteriormente, haverá uma votação por parte do júri. A acusada já foi ouvida e negou sua participação nas mortes, pontuando que teria participado de apenas um roubo dos carros.
"Não tive participação nas agressões, chamei o primeiro e depois o segundo sem entrar no barraco. A partir do terceiro vi o que estava acontecendo e me arrependi de ter feito isso para pagar a dívida do meu marido Murilo, que era de R$ 5 mil", afirmou ela.
Redação iBahia
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