Nesta quarta-feira (30), será realizado o debate “Liberdade de imprensa, sim. Violação de Direitos Humanos, não” às 9 horas, na sede da Associação Baiana de Imprensa (ABI), localizada na Rua Guedes de Brito, n. 01, Edf. Ranulfo Oliveira, Praça da Sé – Centro. O intuito é discutir o real sentido da liberdade de imprensa frente aos excessos cometidos por veículos de comunicação, profissionais e entidades de defesa dos direitos humanos. O Ministério Público; a Defensoria do Estado; a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos; a Ordem dos Advogados da Bahia; a Secretaria de Segurança Pública; e o Sindicato das Emissoras de TV da Bahia estão entre as entidades aguardadas para o encontro. Também são esperadas organizações do movimento social, a exemplo do Sindicato dos Jornalistas, do Sindicato dos Radialistas, do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra e Conselho Estadual de Comunicação. #SensacionalismoForadoArUma reportagem exibida no dia 10 de maio no programa Programa Bahia Urgente, da Band Bahia, gerou repercussão nas redes sociais e provocou discussões sobre o sensacionalismo na mídia. Na reportagem, a repórter Mirella Cunha entrevista um jovem negro, preso por acusação de assalto e estupro. Apesar de assumir o assalto, o rapaz afirma que não houve estupro e é acusado pela jornalista de querer estuprar a vítima. “Não estuprou, mas queria estuprar”, afirmou Mirella durante entrevista. O rapaz se colocou à disposição da polícia para provar sua inocência e chegou a dizer que realizaria um exame de "próstata", em vez de corpo de delito. Ao pronunciar a palavra "próstata" de forma incorreta, a repórter ri da situação e pede por diversas vezes que ele repita a palavra. Mirella ainda questiona ironicamente se o acusado gostava e se já teria feito o tal exame. "Você gosta? Já fez? Você sabe aonde fica a próstata?", questiona ao entrevistado. No twitter, o assunto foi parar no primeiro lugar do trend topics de Salvador com a hashtag #SensacionalismoForadoAr. O Núcleo Criminal do Ministério Público Federal da Bahia entrou com uma representação na Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, do próprio MPF, para que sejam adotadas as medidas cabíveis contra a repórter. O debate “Liberdade de imprensa, sim. Violação de Direitos Humanos, não” tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade e de órgãos públicos para a necessidade de medidas que interrompam práticas similares, garantindo que o exercício responsável da comunicação e o direito constitucional à liberdade de imprensa não seja associado à violação aos direitos humanos.
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