De janeiro a outubro deste ano, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 recebeu 53.850 ligações de mulheres baianas que sofreram algum tipo de violência ou que necessitavam de orientação e ajuda. Em números absolutos, a Bahia só perde para o estado de São Paulo, líder no ranking nacional de atendimentos em 2011, com um terço das ligações (77.189) . Em terceiro lugar aparece o Rio de Janeiro, como 44.345 ligações. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, que anunciou a ampliação do serviço a brasileiras que estejam em Portugal, na Espanha e na Itália.De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, de abril de 2006 a outubro de 2011, a central registrou mais de 2 milhões de atendimentos no país. Somente do começo deste ano até outubro, foram 530.542 ligações. Ao todo, foram contabilizados 58.512 relatos de violência – 35.891 de violência física; 14.015 de violência psicológica; 6.369 de violência moral; 959 de violência patrimonial; 1.014 de violência sexual; 264 de cárcere privado; e 31 de tráfico de mulheres.
Serviço no exteriorA Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 será ampliada para mulheres em situação de risco na Espanha, em Portugal e na Itália. A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, lançou o serviço nesta sexta-feira, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.A partir desta sexta-feira, brasileiras que estejam na Espanha, em Portugal e na Itália poderão ligar a cobrar de qualquer aparelho telefônico para o Ligue 180 internacional. O serviço é gratuito e funciona 24 horas, com atendimento em português. Serão distribuídos folhetos informativos em aeroportos, consulados e embaixadas, postos da Polícia Federal e entidades da sociedade civil que atuam na área. Além disso, será veiculada na TV e no Rádio uma campanha com o tema "Quem ama ajuda".Para ligações feitas na Espanha, é preciso discar 900 990 055, escolher a opção 3 e digitar o número 61-3799.0180. Em Portugal, ligar 800 800 550, opção 3, número 61-3799.0180. Na Itália, discar 800 172 211, opção 3, número 61-3799.0180.A ministra Iriny Lopes disse que a ampliação do serviço de atendimento será iniciado nesses três países porque são os locais onde há maior concentração de brasileiras residentes. "Fora do Brasil, as mulheres se sentem mais desamparadas, longe de suas famílias, com as barreiras da língua, dos costumes e precisam que o Estado brasileiro lhes dê o atendimento necessário”, disse a ministra. *Com informações do G1Veja tambémRede de proteção à mulher é a saída nos casos de violência doméstica
A maioria das vítima tem entre 20 e 40 anos e convive com o agressor por dez anos ou mais – 74% dos crimes são cometidos por homens com quem a vítimas possuem vínculos afetivos e sexuais. Além disso, 66% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.
Quando levada em consideração a população feminina por estado a cada 100 mil mulheres, a Bahia fica em terceiro lugar (754). Na primeira posição estaria o Distrito Federal com 792 atendimentos a cada 100 mil mulheres, seguido do Pará (767).A ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Iriny Lopes, anunciou a ampliação dos serviços |
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