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Após morte de crianças, obra na Vila dos Coreanos é embargada na Bahia

Informação foi divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Ministério Público do Trabalho na Bahia.

Redação iBahia • 13/05/2022 às 11:29 • Atualizada em 28/08/2022 às 22:30 - há XX semanas

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Após a morte de cinco crianças, Auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência Social embargaram, nesta semana, uma obra realizada na Vila dos Coreanos, localizada no município de Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia. De acordo com informações divulgadas pela entidade nesta sexta-feira (13), os auditores foram até o local e realizaram uma inspeção.

O inquérito foi aberto pela entidade para apurar as responsabilidades trabalhistas pelo acidente fatal, ocorrido no último dia 29 de abril na Fazenda Oásis.

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A propriedade do grupo Doalnara é administrada por coreanos e a obra - onde aconteceu o acidente - é de responsabilidade da Cooperativa Agrícola de Formosa do Rio Preto, que presta serviço à fazenda de produção de alimento orgânicos. A empresa ainda não se pronunciou sobre o caso.

Relatório de interdição

De acordo com MPT-BA, o isolamento da área e a suspensão dos trabalhos no local do soterramento já haviam sido recomendados em audiência realizada com advogados da cooperativa, ocorrida na última sexta-feira (06).

No relatório da interdição apresentado pelos auditores, o local do acidente foi identificado como uma obra para implantação de fossa séptica nas imediações da Vila dos Coreanos, como é conhecida a área residencial da Fazenda Oásis.

A auditoria-fiscal do trabalho ainda aguarda documentos solicitados para concluir o relatório sobre o acidente, que deverá ser anexado à investigação do MPT.

Com a interdição formal da obra, os responsáveis pelo serviço ficam proibidos de seguir com os trabalhos e deverão providenciar o isolamento completo da área para que não haja mais o risco de trabalhadores ou pessoas estranhas ao serviço adentrarem o local.

Para retomar os trabalhos ou mesmo para desistir de fazer o serviço, será necessário comprovar a contratação de técnico especializado para que fique responsável pelas medidas de segurança na operação da vala.

Investigação

A Embaixada da República da Coreia enviou um ofício para duas prefeituras baianas, em busca de mais informações sobre as mortes das cinco crianças. Segundo a prefeitura de Formosa do Rio Preto, o documento foi emitido e enviado no dia 30 de abril, e cita também a prefeitura de Barreiras.

A embaixada pede apoio no compartilhamento dos dados sobre o caso, que aconteceu no dia 29 de abril. Todas as cinco vítimas eram coreanas e tinham idades entre 6 e 11 anos.

O caso

Cinco crianças coreanas morreram depois de serem soterradas em uma construção de um reservatório na cidade de Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia. De acordo com informações do portal da prefeitura do município, duas vítimas tinham 11 anos, outras duas tinham 7 e a mais nova tinha 6. Elas brincavam no local, quando foram atingidas pela terra que rolou com o desmoronamento.

Inicialmente, foi informado que as crianças tinham sido soterradas em uma fazenda chamada Paraíso, conhecida como a “Vila dos Coreanos” por volta das 12h e localizadas após as 15h, quando os pais sentiram falta delas e passaram a procurá-las. No entanto, no dia 30 de abril, a prefeitura retificou a informação e disse que o soterramento aconteceu por volta das 9h e os corpos foram localizados às 12h.

Ainda de acordo com as informações iniciais, a obra seria para construção de um reservatório de grãos, mas, também a prefeitura informou que, na verdade, o buraco tinha sido aberto para fins sanitários da comunidade.

As vítimas foram identificadas como Luiz Sun Ulso e Rio Lindo, de 7 anos, Rugion Kainge Seojun Kaing, de 11 anos, e Ron Wont, de 6 anos. Os corpos das cinco crianças foram enterradas no dia 1 de maio. A cerimônia particular aconteceu dentro da ‘Vila dos Coreanos’, mesmo local do acidente.

A prefeitura de Formosa do Rio Preto decretou três dias de luto pelas mortes. No Instagram, o prefeito da cidade, Neo Araújo, lamentou o acidente. “Lamentamos profundamente por esse trágico acidente. A população de Formosa está consternada. Nos solidarizamos com os pais e demais familiares. Pedimos a Deus para que nesse triste momento de dor os ampare”, disse. Veja a postagem abaixo. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na Delegacia de Formosa do Rio Preto como morte acidental.

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