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BAHIA

Bahia e China oficializam instalação de fábrica de beneficiamento de soja

Assinatura de memorando de entendimento entre Bahia e China oficializa a abertura da unidade industrial na região oeste do estado

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06/06/2011 às 20:49 • Atualizada em 28/08/2022 às 7:39 - há XX semanas
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Um braço da ChongQing Grain Group Corporation, estatal chinesa que tem como uma das atividades a industrialização e comércio de óleo alimentício de origem vegetal, vai instalar uma fábrica de beneficiamento de soja no município de Barreiras, a 848 quilômetros de Salvador. Com a assinatura do memorando de entendimento, nesta segunda-feira (6), na Governadoria, entre os governadores Jaques Wagner, da Bahia, e Huang Qi Fan, da província Chongqing, foi oficializada a abertura da unidade industrial na região oeste do estado. A efetivação do investimento é resultado da participação do governador na comitiva brasileira que foi à China no mês de abril. “Quando há uma cobertura institucional do governo estadual, os investidores estrangeiros que, nesse caso, são os chineses, se sentem mais à vontade. Como foi dito pelo governador chinês, este investimento pode crescer, pois eles pensam em instalar na região uma indústria têxtil, além de demonstrar interesse em trabalhar com a logística do porto. A segunda maior economia do mundo é um porto vantajoso para nossos produtos”, disse Wagner. Em visita à Bahia, a delegação chinesa lançou, domingo (5), a pedra fundamental da esmagadora do grão, objeto do protocolo de intenções assinado em Pequim. O grupo investirá inicialmente cerca de US$ 300 milhões para a implantação do projeto e terá como contrapartida da Prefeitura de Barreiras a doação de 100 hectares para instalação da empresa no polo industrial da cidade. O acordo estabelece uma cooperação internacional e compromete o governo a fornecer informações para subsidiar a decisão de investimentos de empresas da província, nos segmentos de agronegócios, infraestrutura/logística e indústrias. Durante o lançamento, os chineses sinalizaram a intenção de implantar uma indústria têxtil também no município. A indicação acontece no momento em que o algodão foi o grande destaque da safra 2010/2011 na região. A área plantada com a cultura aumentou 51% em relação ao ano-safra anterior. Isso fez com que a produção saltasse de 372 mil toneladas de pluma em 2009/10 para 600 mil toneladas de pluma nesta safra, uma variação positiva de 62%. Atualmente, a Bahia é o segundo maior produtor de algodão do País, com fios semelhantes aos do Egito. Segundo o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles, o grupo anunciou que pretende ter um porto privado, além de trazer uma indústria têxtil no oeste baiano. “Os chineses não vêm para comprar commodities, mas sim para agroindustrializar, gerando emprego e renda no interior do estado”. Em dois anos são 16 agroindústrias anunciadas. Novos investimento reforçam cadeia de produção têxtil Com capacidade para esmagar 1,5 milhão de toneladas de soja por ano – quase metade da produção anual do estado, que na safra 2010/2011 alcançou a marca de 3,6 milhões de toneladas, a indústria Chongqing Dragonfly Oil, às margens da BR-242, entre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, irá gerar 300 empregos diretos, número que na fase final do projeto deve chegar à casa de mil. A intenção do governo chinês é expandir o investimento até R$ 4 bilhões no Brasil. O governador de Chongqing, Huang qi fan, disse ainda que o grupo tem interesse de investir em terminal da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) com a construção de armazéns, tanques de depósitos de óleo alimentar e plataformas de logística. “A Bahia possui ótimas condições, com infraestrutura adequada, com a construção de uma ferrovia que liga o leste ao oeste, portos e aeroportos, além de recursos como o algodão, soja e minérios”. Huang qi fan explicou que os investimentos não são apenas para comprar produtos primários, mas reforçar toda cadeia de produção têxtil. “É muito importante para o nosso estado que empreendedores de outros países façam investimentos aqui, mas não a qualquer preço. É parte do nosso papel, acompanhar os entendimentos, analisar as propostas e articular as secretarias para maximizar os esforços de atração de investimentos dentro das diretrizes do governo e de seus interesses”, afirmou o secretário de Relações Internacionais e da Agenda Bahia, Fernando Schmidt. As informações são da Agência de Comunicação do Estado

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