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Baiana presa na Alemanha acusada de sequestrar filho, diz família

Após separação de marido alemão, comerciante voltou para Bahia com a criança. A guarda é do pai

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20/07/2013 às 18:03 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:45 - há XX semanas
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Família de Cátia Gomes está desesperada com a prisão dela
Uma baiana de 37 anos está presa na Alemanha, segundo familiares, depois que voltou ao país para tentar entrar em acordo com o pai do filho - ela trouxe a criança para o Brasil sem autorização. O filho, de 6 anos, nasceu na Alemanha e a guarda provisória da criança depois da separação do casal era do pai.Cátia Gomes dos Santos viajou de Porto Seguro, onde vive e trabalha como comerciante, para Frankfurt, na Alemanha. Ao desembarcar no aeroporto, ela foi imediatamente presa, de acordo com o irmão, José Nilton Gomes dos Santos. "Isolaram ela, levaram para outra cidade, não deixam ela ligar. Soubemos do fato por uma amiga dela", diz.De acordo com José Nilton, Cátia conheceu o pai do filho em Porto Seguro e os dois se casaram por volta do ano de 2007, vivendo em uma cidade pequena na Alemanha. Depois de um tempo, o relacionamento se complicou e eles começaram a se desentender. A família diz que Cátia sofria abusos físicos e psicológicos. Ela resolveu então deixar o marido. "Depois que ela se separou dele, continuou morando lá. Ele continuava procurando ela, ameaçando ela. Nesse meio tempo, ele entrou na Justiça para poder ficar com a guarda da criança", explica José Nilton.Infeliz por viver sem o filho e preocupada com as ameças, Cátia decidiu voltar para o Brasil. Há cerca de 7 meses, voltou para a Bahia, trazendo a criança. "Ela não aguentava mais o sofrimento", conta o irmão. Cátia manteve contato com o ex-marido pela internet. "Em contato pelo Skype ele falou para ela voltar para eles resolverem tudo. Ele preparou uma emboscada para ela", acredita José Nilton. A comerciante resolveu ir à Alemanha tentar um acordo com o ex, deixando a criança com a avó em Itabela.Cátia chegou em Frankfurt na segunda-feira (15) pela manhã, quando foi presa. "Ela está como uma prisioneira, sendo acusada de sequestrar o filho, não deixam ela falar com ninguém", diz o irmão. A família está desesperada com a falta de notícias e com ajuda da comunidade faz uma arrecadação de dinheiro para tentar enviar alguém à Alemanha para acompanhar o caso de perto.A Convenção de Haia, da qual o Brasil é signatário, determina que uma criança retida de maneira ilícita em um dos países que faz parte do acordo deve ser devolvida imediatamente para que a guarda seja decidida no local de residência habitual da criança.A reportagem entrou em contato com o Itamaraty que, através de assessoria de imprensa, informou que não tem como confirmar durante o fim de semana se está acompanhando o caso. Já no consulado brasileiro em Frankfurt ninguém atende o telefone.

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