Uma cuidadora de crianças foi demitida e uma professora foi submetida a um processo administrativo nesta semana, após serem denunciadas pelos pais de uma garota submetida a um jogo com beijos e mordidas, na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia. O caso está sob investigação da Polícia Civil.
A situação aconteceu na Escola Municipal Mirandolina Ribeiro Macedo, no bairro Barreirinhas, na última segunda-feira (13). Os estudantes estavam em aula quando teriam sido induzidos a participar do jogo, com o uso de um dado.
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Em entrevista à TV Oeste, a mãe de uma das estudantes envolvidas na história contou como a situação aconteceu. Segundo ela, durante o jogo a filha teria mordido os lábios e o pé de um colega, além de ter beijado a boca do menino.
"A cuidadora fez uma brincadeira com uma roda com crianças em volta da mesa da professora. E, nessa roda, tinha um dado. E, nesse dado, tinha frases que o que ela jogasse elas teriam que fazer. E, nesse dado, caiu que minha filha teria que morder um coleguinha. Ela acabou indo lá e mordeu os lábios do coleguinha", contou a mulher, que não quis se identificar.
"A próxima foi que ela beijasse a boca do coleguinha. Ela foi lá, acabou beijando o coleguinha e acabou também mordendo o pé do coleguinha. A questão é que ela tem um irmãozinho, né? Por afetividade, chegou a cheirar o pescoço dela. Isso que deixou, mais ainda, a gente indignado… porque a gente, né? Ensina um cuidar do outro. Então, a gente ficou sem saber… no momento, a gente ficou sem reação", completou.
A família registrou o caso na delegacia da cidade, que passou a investigar a situação. E também foi feita uma denúncia com a direção da escola, que passou o caso para a Secretaria de Educação, Cultura Esporte e Lazer de Barreiras, que administra a instituição.
Em nota enviada ao iBahia nesta sexta-feira (17), a Polícia Civil informou que foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) durante a tarde, na 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), contra a cuidadora.
O TCO corresponde ao crime de submeter criança ou adolescente a vexame ou a constrangimento, constante no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No entanto, conforme a polícia, mais detalhes sobre o caso não seriam divulgados em respeito ao mesmo estatuto.
Já a Secretaria de Educação, Cultura Esporte e Lazer de Barreiras informou que a cuidadora foi demitida por ter vínculo temporária com a escola, mas a professora deve passar pelo processo administrativo por ser servidora municipal.
No posicionamento, a Secretaria informou ainda que repudia a conduta "indevida e isolada" da cuidadora, que se solidariza com a família da aluna, e que coopera para que "a autoridade policial promova todas as diligencias necessárias a elucidação dos fatos e tome as medidas legais cabíveis".
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Redação iBahia
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