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Estado determina prioridade em investigação do caso dos pataxós assassinados na Bahia

Governo da Bahia considerou a resolução do caso como uma prioridade

Redação iBahia • 18/01/2023 às 15:42 - há XX semanas

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					Estado determina prioridade em investigação do caso dos pataxós assassinados na Bahia

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, convocou uma reunião com secretários e gestores nesta quarta-feira (18) para alinhar ações diante do assassinato de dois indígenas, no extremo sul da Bahia. Os dois rapazes foram mortos a tiros na terça-feira (17), em São João do Monte, distrito entre Itabela e Itamaraju.

As vítimas foram identificadas como Nawir Brito de Jesus, 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25. A investigação do caso está sendo realizada por delegados e investigadores da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis). O caso foi considerado como uma prioridade pelo governo estadual, que durante a reunião determinou ações para lidar com os conflitos na região.

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Estavam presentes o vice-governador, Geraldo Júnior, e os secretários da Segurança Pública, Marcelo Werner, das Relações Institucionais, Luiz Caetano da Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas. Também estiveram presentes, a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, a superintendente de Políticas para os Povos Indígenas, Patrícia Pataxó, e o chefe de gabinete do governador, Adolpho Loyola.


				
					Estado determina prioridade em investigação do caso dos pataxós assassinados na Bahia

“De imediato foi determinado a prioridade na investigação. Equipes da Polícia Civil se deslocaram até o local para realizar diligências em busca dos autores do delito. O policiamento também foi reforçado através da Polícia Militar (PM) que já reforçou as equipes da força-tarefa naquela região a fim de evitar outros delitos dessa natureza”, explicou Marcelo Werner, titular da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). 


				
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Ainda de acordo com a SSP-BA, os conflitos por disputas de terra em territórios indígenas vem acontecendo há algum tempo. A superintendente Patrícia Pataxó afirmou que o governo do estado já realizava ações de medição e segurança na região, e que a força-tarefa foi institucionalizada antes do crime que aconteceu na terça. Além disso, a superintendente afirmou estar buscando articulação com o governo federal.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, se manifestou diante do caso e se comprometeu a acompanhar a situação. "A minha primeira agenda do dia será com lideranças indígenas do Extremo Sul da Bahia. Acompanharei de perto o que vem acontecendo na região e irei requisitar ação imediata do Estado", publicou a ministra pelas redes sociais ainda nesta quarta.


				
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Entenda o caso

Os dois jovens estavam em uma motocicleta quando foram atingidos por disparos de arma de fogo. Segundo a SSP-BA, a motocicleta estava sem placa. Desde a ocorrência, guarnições da Polícia Militar e Rodoviária Federal realizaram varreduras na região.

Em entrevista à TV Santa Cruz, a irmã de Samuel, Akuã Pataxó, afirmou que a família está cansada de tanto sangue pataxó derramado. "O que nós queremos é justiça. A família pede justiça, porque já chega de tanto sangue dos Pataxós ser derramado e ficar por isso mesmo", disse ela.


				
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Ainda de acordo com ela, a família tem sofrido muito com o crime. A mãe de Samuel, Devani do Amor Divino, contou, emocionada, que o neto de um ano perguntou pelo pai. "Ontem o filho dele o chamou durante todo o dia. É um menino carinhoso, de 1 ano e 5 meses. O pai gostava muito dele, abraçava todo dia quando chegava do trabalho", contou.

Segundo o delegado Moisés Damasceno, titular da 23ª Coorpin, todos os policiais estão em campo levantando informações e buscando possíveis testemunhas. Informações sobre o caso podem ser enviadas para a polícia, em sigilo, através do número 181 (Disque denúncia da SSP).

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