O ex-policial militar, acusado de matar um casal a tiros dentro de um bar na cidade de Barreiras, foi condenado a mais de 50 anos de prisão em um júri popular na quarta-feira (22). A audiência aconteceu no Fórum Tarcilio Vieira de Melo e pena incluiu ainda três meses e 26 dias.
Wilton Bezerra de Luna estava preso há oito meses no Presídio Regional da cidade do oeste da Bahia. Ele foi condenado pelos dois homicídios, de forma qualificada. Mas, a defesa do homem informou que vai recorrer da decisão. Segundo a Polícia Civil, Wilton Bezerra chegou a fugir após o crime. Mas, foi encontrado 4 dias depois durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) próxima a cidade de Seabra, no sudoeste do estado.
O crime aconteceu em julho de 2022 e foi motivado por uma discussão. O condenado tinha uma relação conflituosa com o casal, identificado como Sebastião Robson Ribeiro, de 61 anos, conhecido popularmente como "Tião"; e Fernanda da Cruz Fernandes, 46.
Testemunhas informaram ainda que o conflito ocorria principalmente por causa do som alto no estabelecimento. Irene Fernandes, irmã da vítima, disse que no dia do crime Wilton se exaltou e ameaçou Fernanda de morte. Logo depois, efetuou diversos disparos contra o casal.
"Eles discutiram e ele a ameaçou de morte. Ela foi até a casa dele para pegar o celular para ligar a polícia. Neste momento, ele fez o primeiro disparo, na cabeça dela, que foi fatal. Depois ele entrou dentro da casa dela e matou o esposo, que foi surpreendido".
"Ele deu seis disparos no Tião e quatro na minha irmã", explicou a irmã.
Segundo o advogado do suspeito, Júlio Cezar Miranda, o ex-policial teria se excedido na legítima defesa, mas tinha se sentido ameaçado pelas vítimas e frequentadores do bar. "Quando viu que não era mais possível o diálogo, ele agiu em legítima defesa sua e da sua família, esposa e filha", disse.
*Com informações do g1 Bahia e da TV Bahia
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Redação iBahia
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