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Maria Vitória tinha 1 ano e estava nos braços do pai ao ser morta |
No início da manhã de ontem, ainda com o mesmo capote que usava no dia anterior, durante o sepultamento de Vitória, a dona de casa Adriele de Almeida Santos, mãe da vítima, provava ser uma mulher forte. Retornou ao local da tragédia pela primeira vez, jogou fora o lençol da cama onde a menina chegou a ser colocada logo após ser alvejada, coberto de sangue, e observou as marcas do dia anterior.Na porta de casa, empunhava um cartaz que apontava os policiais Carlos e Aurélio (policial militar que o acompanhava) como responsáveis pelo crime. A casa alugada onde Vitória morava com os pais e o irmão de 4 anos deve deixar de ser o lar da família. A prefeitura de Amargosa já se comprometeu a inclui-los em um programa de aluguel social. Os familiares e vizinhos acordaram buscando recordações. Na rua comentavam dos últimos momentos que viram a criança sorrir. Uma das tias cheirava, na rua, uma calça rosa que pertencia à criança. Luiz Carlos passou a madrugada chamando pela menina. “Meu Deus! Minha filhinha, venha cá que eu quero lhe abraçar”, dizia ele, segundo o relato do pai. O irmão de Vitória (por parte de mãe, apenas) seguia o coro, mesmo ainda não entendendo completamente o que ocorreu: “Eu não vou ter mais irmã?”, perguntava. O pai de Vitória precisou ser novamente medicado para poder dormir. Promotor de Amargosa, Jader Santos Alves esteve ontem na casa onde o crime ocorreu, fez fotografias e conversou com a família, que também foi recebida no gabinete da prefeita.
Matéria original: Correio 24h Família quer deixar casa onde bebê morreu, em Amargosa