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Famílias acusam hospital de negligência após morte de bebês

Cinco famílias protestam pelas mortes de recém-nascidos e o presidente do Conselho Municipal de Saúde admite que número de casos é ainda maior

• 07/05/2013 às 20:07 • Atualizada em 28/08/2022 às 3:48 - há XX semanas

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Pelo menos cinco mulheres vão passar o dia das mães deste domingo (12) com a sensação de que poderiam estar carregando um bebê no colo, mas todas elas tiveram alegria frustrada pois alegam que não receberam o apoio médico necessário na momento do parto.
O Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, em Morro do Chapéu, esteve envolvido na morte dos cinco recém-nascidos, além da mãe de um deles. Todos os casos acontecerem desde fevereiro deste ano. Apesar de ainda não ter sido tirada uma conclusão oficial, as vítimas acusam o hospital de negligência médica e falhas na administração.
Dulcinéa Marques lidera um grupo de familiares das vítimas e critica a falta de apoio dos médicos nos casos: "Nós queremos que parem com essa carnificina, a gente precisa do hospital". Ela teria uma sobrinha neste ano, mas o bebê foi uma das vítimas registradas na cidade e morreu no dia 1º de maio.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Pedro Honorato, uma sessão plenária está marcada para esta quinta-feira (10). Nela, as pessoas que tiverem perdido um recém-nascido também alegando negligência médica vão ser ouvidas. Pedro Honorato também afirmou que deve ser solicitada uma auditoria no hospital, para investigar o caso.
Procurado pelo Correio24horas o diretor administrativo do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo estava em reunião e não pode se pronunciar sobre o caso.
Buscando protestar contra o atendimento médico do hospital, Dulcinéia Marques já reuniu as famílias que perderam crianças desde fevereiro deste ano. Juntos, os familiares se mobilizam e garantem que existem muitos casos similares no mesmo hospital em Morro do Chapéu: "A cidade é pequena, então a gente já ouviu falar de muitos outros casos assim, mas ainda não conseguimos entrar em contato com as famílias".
Famílias protestam
Além do seu drama pessoal, Dulcinéia relata como aconteceram os outros casos de morte dos recém-nascidos na cidade: Ana Claudia Silva chegou a ir para o hospital duas vezes com dores, mas os médicos mandaram ela voltar para casa dizendo que ainda não estava na hora do parto. Na terceira vez, descobriu que seu bebê já estava morto.
Entre as situações citadas por Dulcinéia, o caso mais trágico aconteceu com Roqueline Souza dos Santos, 20 anos. Seu bebê faleceu no dia 14 de abril e uma semana depois, a gestante também não resistiu às complicações do parto.
Nesta terça-feira (7) o grupo se reuniu para discutir o protesto marcado para a próxima sexta-feira (10), no qual planejam fazer uma caminhada pela cidade com carros de som, chamando a atenção da população para o caso. O grupo também foi convidado para a sessão plenária de quinta-feira (9), na qual devem ser ouvidas.
Das cinco famílias que agora protestam em conjunto, três registraram queixa na delegacia e estão recebendo apoio psicológico por meio do conselho tutelar local. No entanto, o próprio presidente do Conselho Municipal de Saúde admite que o número de casos de recém-nascidos mortos no Hospital Maternidade São Vicente de Paulo é muito maior: "Muitas famílias daqui não tem muito acesso a informação e acabam não registrando os casos", diz Pedro Honorato.
Tanto Pedro como Dulcinéia atribuem à queda na qualidade do atendimento do hospital ao período posterior à sua municipalização, quando passou a ser administrado pela Secretaria Municipal de Saúde. Além das falhas médicas apontadas pelos familiares, Pedro também levanta o problema da gestão da maternidade: "Se o médico que está no plantão não pode comparecer, o hospital tem que providenciar outro". Matéria original: Correio 24h Famílias acusam hospital de negligência médica após morte de bebês

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