A ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, divulgou nota hoje (31) em que lamenta o envolvimento do ex-assessor do órgão André Eduardo Gaievski em denúncias de estupro de menores de idade. Ex-prefeito de Realeza (PR), Gaievski foi preso na madrugada deste sábado, em Foz do Iguaçu (PR), pela Polícia Civil. Ele estava foragido desde o último dia 23, quando teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Na nota, a Casa Civil informa que o assessor deixou o cargo assim que a Justiça decretou a sua prisão preventiva. A ministra defendeu a apuração das denúncias. “Tenho uma história de vida, não só política, em defesa da mulher e seus direitos, mas também de crianças e adolescentes. As acusações imputadas a Eduardo Gaievski são da mais alta gravidade e têm que ser apuradas levando-se às últimas consequências. Jamais compactuei ou compactuarei com crimes, ignorando-os ou acobertando-os”, diz Gleisi.
Veja também:Justin Bieber é atacado por homem em boate; veja imagem A Casa Civil destaca que, em nenhum momento, durante o processo de contratação, teve conhecimento de acusações contra o ex-prefeito. Segundo o órgão, Gaievski foi contratado para acompanhar programas do governo federal desenvolvidos em parceria com a prefeitura e a decisão de admiti-lo considerou a gestão dele em Realeza. Segundo informações disponíveis no Banco Nacional de Mandados de Prisão, o ex-assessor responde a processo criminal por estupro de vulnerável. O processo corre em segredo de Justiça. Em entrevista à Agência Brasil, o advogado de Gaievski, Rafael Seben, disse que, ao pedir a revogação do mandado de prisão, apresentou à Justiça provas da inocência de seu cliente. “Posso afirmar, com absoluta certeza, que o Eduardo é inocente das acusações feitas contra ele.” Gaievski foi prefeito de Realeza de 2005 a 2012. Em janeiro deste ano, foi nomeado assessor especial da Casa Civil. À Agência Brasil, a Casa Civil informou que pediu a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que pesquisasse a vida de Gaievski antes de empossá-lo no cargo. A pesquisa feita pelo órgão de inteligência é comum no preenchimento de cargos de confiança na administração pública federal. A Casa Civil garante que o resultado da pesquisa apresentado pela Abin no dia 21 de janeiro, dois dias antes de Gaievski ser nomeado, não trazia nenhum fato que impedisse a contratação do ex-prefeito. Na quarta-feira (28), a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de informações para que a ministra Gleisi Hoffmann e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito, prestem esclarecimentos sobre o caso.