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Informação ajuda a identificar o câncer em crianças

Cartiha Saiba Mais orienta parentes sobre a quimioterapia e ajuda a desmistificar o medo do câncer, principalmente entre as crianças e adolescentes

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15/04/2012 às 18:24 • Atualizada em 28/08/2022 às 1:04 - há XX semanas
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Crianças dividem informações para entender doença
Na semana que o Brasil e a Bahia comemoraram ações de combate ao câncer, o Hospital Martagão Gesteira lançou uma cartilha com informações importantes sobre a doença em crianças e o processo de tratamento com medicações, chamado de quimioterapia. O ‘Saiba Mais’ pretende servir como instrumento de orientação e para chamar atenção da importância de conhecer as ocorrências da doença nessa faixa etária, afinal, ao contrário do que ocorre com o adulto, o câncer na infância, geralmente, não está associado às questões ambientais, como o fumo, abuso do álcool ou exposição à substância tóxicas, tornando a prevenção ainda mais desafiante para médicos e pais. Para ratificar a importância do conhecimento como arma para o diagnóstico precoce, uma vez que em crianças não é possível fazer prevenção, a oncopediatra Núbia Mendonça lembra que muitas crianças ainda chegam às unidades de tratamento com a doença em estado avançado. “Essas situações fazem com que se necessite usar métodos mais radicais, além de demandar um custo maior para o tratamento, esclarece a médica. Segundo ela, geralmente, o medo, a desinformação e uma idéia preconceituosa de que os cânceres só atingem os mais velhos dificultam o início do tratamento. Sócio fundadora do Grupo de Apoio à Criança com Câncer da Bahia, Núbia Mendonça salienta que o atendimento prestado pelas unidades especializadas – Martagão Gesteira, Hospital Aristides Maltez , Hospital Santa Izabel, Hospital São Rafael – são considerados e referenciados no Brasil. “No entanto, haveria possibilidade de prestar uma assistência ainda melhor com a sociedade consciente e informada sobre a doença”, diz. Informação Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, no Brasil, são estimados mais de 9000 casos novos de câncer infanto-juvenil por ano. Cerca de 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. Uma vez que o procedimento seja feito rápida e corretamente, esses pequenos pacientes terão uma boa qualidade de vida no futuro. A médica especializada em oncologista pediátrica do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer – Unifesp ,Andréa Cappellano, lembra que o câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que apresentam a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. “Nas crianças e adolescentes, as neoplasias mais freqüentes são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático)”, esclarece. Ela destaca que o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, freqüentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles) também são comuns nos menores. Identificação A médica Núbia Mendonça ressalta que embora não seja possível prevenir o câncer em crianças, é possível chamar atenção dos pais para situações que sinalizam a presença da doença, facilitando o diagnóstico precoce e o início dos tratamentos. “Crianças com Síndrome de Down, por exemplo, estão mais sujeitas ao desenvolvimento de leucemia. Já as crianças com muitos problemas imunológicos estão mais vulneráveis e podem apresentar câncer mais precocemente”, orienta a especialista. Ela lembra ainda que embora os sintomas sejam inespecíficos e digam respeito à presença de outras doenças sem gravidade, é muito importante que os pais e responsáveis fiquem atentos ao aparecimento de gânglios (caroços aumentados ou ínguas) pelo corpo. “Aliado a isso, sangramentos na pele, gengivas, nariz, ou no caso do adolescente, menstruação muito intensa; crianças indispostas, pálidas, que apresentam febre e constantemente estão doentes devem ser olhadas e acompanhadas com atenção”, finaliza, ressaltando que a coragem é melhor amiga para saúde. Nova arma contra o SEGACrianças com astrocitoma subependimário de células gigantes (SEGA), um tipo de tumor cerebral associado à esclerose tuberosa, doença genética que pode causar tumores em diversos órgãos, ganham uma alternativa ao procedimento cirúrgico. O medicamento Afinitor® (everolimo), indicado para o tratamento do câncer renal avançado e de tumores neuroendócrinos de pâncreas é aprovado também para o tratamento deste tipo de tumor cerebral que afeta principalmente crianças e adolescentes e pode ser fatal. Antes da terapia oral, a única opção para o tratamento do SEGA era a cirúrgica. “Com esta nova opção de tratamento, alguns pacientes não precisarão mais passar por recorrentes e delicadas intervenções cirúrgicas cerebrais. Além disso, o novo medicamento atua diretamente na causa da doença e não só melhorando os seus sintomas”, explica a oncologista pediátrica do Instituto de Oncologia Pediátrica do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer da Universidade Federal de São Paulo, Nasjla Saba. No Brasil, o tratamento com everolimo é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento de pacientes a partir de 3 anos com SEGA tendo como base um estudo com 28 pacientes não elegíveis a cirurgia curativa. Durante o tratamento com everolimo, 75% dos pacientes tiveram redução do volume do tumor em 30%1 e nenhum deles precisou passar por cirurgia durante o período de tratamento.

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