O Ministério Público da Bahia (MP-BA) avalia abrir investigações para os novos casos de mortes em ações da Polícia Militar no estado, ocorridas nos últimos dias. A informação foi divulgada pelo órgão ao iBahia nesta quinta-feira (10). Os 19 primeiros óbitos, registrados entre 28 e 31 de maio, já são apurados. Depois disso, mais de 10 casos já aconteceram.
"O MP também está acompanhando as notícias das demais mortes, ocorridas após esse período, e avaliando a necessidade de abrir investigações próprias. Independentemente disso, o MP acompanha as investigações policiais sobre os fatos, dentro de sua atribuição de controle externo da atividade policial", disse o órgão em nota.
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Até a quarta-feira (9), pelo menos 34 pessoas tinham sido mortas durante operações policiais no estado. O último caso aconteceu na "Operação Murus", deflagrada contra uma quadrilha envolvida com homicídio, tráfico de drogas, roubo e extorsão. Antes disso, na segunda (7), dois homens morreram em uma troca de tiros com PMs no bairro de São Marcos.
Em Salvador foram pelo menos 17 mortes. Foram 5 no bairro de Águas Claras, 5 no IAPI, 1 no Arenoso e 4 em Cosme de Farias. Aconteceram ainda 8 mortes em Itatim e 7 em Camaçari, na região metropolitana. São esses 3 últimos casos os que já estão sob apuração do MP-BA.
O que diz o governador
Também nesta segunda-feira, após a repercussão dos casos e pressão nacional, o governador Jerônimo Rodrigues se posicionou sobre a situação nas redes sociais. O gestor afirmou que "eventuais excessos" serão apurados. O governador destacou o compromisso na apuração e a qualificação da atuação policial.
"Temos dialogado permanentemente com o governo federal e órgãos do sistema de justiça sobre o tema da segurança pública", iniciou o governador.
"Ontem, conversamos especialmente com o ministro Silvio Almeida sobre as ações que estamos realizando na prevenção à violência, e redução da letalidade policial, e sobre a nossa disposição de um trabalho parceiro com o governo federal em várias frentes. O nosso compromisso é na apuração de casos de eventual excesso por parte de qualquer servidor, qualificação permanente da atuação policial para garantir mais eficiência na ação, respeito à legislação e preservação da vida", completou.
Redação iBahia
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