Quatro doleiros baianos foram denunciados pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) pela prática de evasão de divisas. Segundo o MPF-BA, os suspeitos transferiram cerca de US$ 4,4 milhões para os Estados Unidos. Para não levantar suspeitas, eles mantinham duas casas de câmbio em Salvador e uma sociedade financeira no Uruguai. O crime aconteceu entre outubro e dezembro de 2000, quando os denunciados promoveram, sem autorização legal, a saída para os EUA do dinheiro e lá mantiveram, até 29 de dezembro, depósitos não declarados ao Banco Central. Os responsáveis pela evasão, faziam uso do Merchants Bank, nos Estados Unidos, para operação e mantinham as duas casas de câmbio legalmente, em Salvador. De acordo com o MPF, elas serviam de fachada para o envio ilegal de divisas e manutenção de depósitos, sem comunicação à repartição federal. Os doleiros ainda operavam com outras duas empresas, por meio de sócios-laranjas e outros associados, que serviam de caixa dois das casas de câmbio. A denúncia foi feira pela procurador da República André Batista Neves, que descobriu o esquema a partir de investigações comandadas por autoridades norte-americanas, como resultado da cooperação internacional no caso Banestado - que apurou remessas ilegais de bilhões de dólares ao exterior, e da investigação denominada Living Large, do United States Department of Homeland Security. Durante essa operação, a polícia americana identificou uma empresa que operava nos EUA, com a colaboração de doleiros brasileiros, entre eles, os quatro denunciados baianos. As investigações também levaram a descoberta de que os doleiros baianos mantinham uma sociedade anônima financeira no Uruguai, que servia para ocultar e dissimular, das autoridades norte-americanas, a verdadeira origem das divisas ilicitamente evadidas. Matéria original Correio 24 Doleiros baianos são denunciados por transferir mais US$ 4 milhões para os EUA
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