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O pastor Edimar da Silva Brito, 36 anos, já está no presídio Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista, desde a quarta-feira (27). Acusado de ser o mandante e de participar das mortes da pastora Marcilene Oliveira Sampaio e da prima dela Ana Cristina Sampaio, assassinadas a pedradas no dia 19, ele nega envolvimento com os crimes.Adriano Silva dos Santos, 36, e Fábio de Jesus Santos, 24, presos acusados de serem os executores do crime, apontaram Edimar como mandante. Já o pastor, ouvido pelo delegado Neuberto Costa, da Delegacia de Homicídios, afirmou que não tem envolvimento nas mortes nem na tentativa de homicídio contra o marido da pastora, que sobreviveu ao ataque.O pastor alega ainda que foi coagido por Fábio e Adriano para acompanhá-los até o local onde os crimes aconteceram.A polícia, no entanto, diz que a investigação aponta que o pastor Edimar ordenou a morte da pastora e do marido após uma disputa ligada à congregação que comandava. Marcline e o marido, Carlos Eduardo, faziam parte da igreja do pastor, mas há dois anos decidiram fundar o próprio templo evangélico. Eles se separaram de Edimar e passaram a atrair fiéis para os cultos da sua nova congregação.O pastor não teria gostado de perder fiéis para os dois. Ele então planejou a morte do casal e pediu que Fábio e Adriano, que frequentavam seus cultos, o ajudassem. Os três seguiram o casal e a prima de carro, quando eles iam para um compromisso fora de Conquista. Na estrada, eles emboscaram o trio, interceptando a picape em que viajavam.
CrimeDe acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 23h , na estrada de acesso ao município de Barra do Choça. O pastor Edimar, apontado como mandante, foi reconhecido tanto pelo marido da vítima, quanto pelos dois outros suspeitos de participar do crime. Segundo a polícia, a motivação do homicídio seria uma vingança porque a Pastora Marcilene estaria levando muitos fiéis da congregação dele.
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Segundo informações da polícia, Marcilene estava acompanhada da prima e do marido, Carlos Eduardo de Souza, 50, quando teve o veículo abordado por dois homens que estavam a bordo de um Versa branco. Um dos suspeitos, Fabio de Jesus Santos, 34, conduziu Carlos ao Versa, onde ele foi espancado várias vezes sob ameaça de uma arma de fogo. Durante o trajeto, o marido da professora conseguiu provocar um acidente e fugir. Marcilene e a prima ficaram em companhia do outro suspeito, Adriano Silva dos Santos, 36, e do pastor. As duas mulheres foram então assassinadas. Segundo a polícia, as duas foram encontradas com as cabeças esmagadas por pedras.