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Polo de Camaçari terá 17 mil vagas de emprego até 2015

A falta de mão de obra qualificada e a inexistência de cursos específicos de qualificação em determinadas áreas têm levado empresas da indústria de Camaçari a se encarregar da formação profissional

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21/11/2013 às 7:33 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:15 - há XX semanas
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Se você pretende trabalhar na área industrial, mais especificamente em uma das indústrias da Região Metropolitana de Salvador (RMS), preste muita atenção. O Centro de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic) espera criar 17 mil vagas de emprego, diretas e indiretas, para atuar na operação das plantas do polo até 2015. Com grande necessidade de mão de obra especializada e com formação técnica, a indústria tem investido em caçar talentos nas escolas técnicas e em capacitar trabalhadores recém-formados para as necessidades específicas das empresas. A maioria das vagas deve ser resultado de ampliações das fábricas existentes e da abertura de novas unidades previstas para os próximos anos. Os setores de destaque são o químico, o petroquímico e o automotivo. A falta de mão de obra qualificada e a inexistência de cursos específicos de qualificação em determinadas áreas têm levado empresas da indústria de Camaçari, especialmente as do setor petroquímico, a se encarregar da formação profissional, sobretudo a de carreiras como a de operação e manutenção de plantas. Profissões que exigem conhecimentos de como operar e manter as plantas são as com maior oferta. “Hoje, o Polo emprega mais de 45 mil pessoas. São aproximadamente 15 mil empregados diretos e mais de 30 mil indiretos”, explicou o superintendente de Desenvolvimento do Cofic, Érico Oliveira. “No universo do setor automotivo, por exemplo, cerca de 80% dos empregos se concentram nessa área. Levando em consideração o polo como um todo, são 60%”, disse Oliveira. Na indústria petroquímica, a Braskem é empresa que se destaca na geração de empregos. Ao todo, possui seis unidades industriais em Camaçari e um escritório em Salvador, gerando quase 2 mil empregos diretos e 4,2 indiretos, via contratação de terceirizados. Além disso, a empresa anunciou, recentemente, o interesse de implantar uma nova fábrica no Polo de Camaçari (leia mais na página 23). A operação da fábrica também é destaque na geração de empregos. “O operador de processos químicos e petroquímicos é, em resumo, quem cuida da operação de uma planta industrial. Tem como atividades seguir as rotinas de inspeção de equipamentos, checar condições de segurança, finalizar a produção para a manutenção do maquinário, quando necessário, etc”, explica a gerente de educação industrial da Braskem, Nadja Mello Silva. “É alguém que cuida do dia a dia da área industrial e tem necessidade de conhecer bem o processo”, completou. Mais requisitados De acordo com a Braskem, é preciso ter formação técnica para operar as unidades da empresa. As formações mais requisitadas são de técnicos em Mecânica, Elétrica, Mecatrônica, Eletromecânica, Química, Automação e Controle, Operação de Processos Químicos e Petroquímicos e de Segurança do Trabalho. Em seguida, é preciso fazer um curso técnico específico oferecido gratuitamente pela Braskem, em conjunto com o Cofic. A Braskem deve fechar este ano com investimento de R$ 22 milhões em qualificação, 46% a mais que em 2012. A possibilidade de conquistar uma vaga de emprego no Polo Industrial tem levado centenas de jovens a se capacitarem nesses cursos técnicos grátis. Profissionais que buscam a especialização na área recebem salário inicial de até R$ 2 mil e ainda podem ter a chance de construção de carreira em grandes empresas. No momento, nenhuma nova inscrição está aberta para os cursos oferecidos, mas duas turmas já estão sendo formadas por técnicos que participaram de um recente processo de seleção e devem começar a estudar em janeiro, com suporte e patrocínio da Braskem em parceria com o Cofic, representando outras empresas do polo, e o Senai/Cetind. Novas seleções só devem ser abertas no segundo semestre de 2014. É possível acompanhar a oferta de cursos no site da Braskem (www.braskem.com.br) e também do Senai (www.senai.fieb.org.br). GratuitoAté hoje, já foram oferecidas seis edições do curso, que já qualificou cerca de 400 jovens. Inteiramente gratuito, o curso oferece aos participantes bolsa-auxílio mensal de R$ 580, além da possibilidade de estágio prático e de aproveitamento em empresas do Polo. A formação tem carga horária de 740 horas e duração de cinco meses, com aulas teóricas e práticas nas instalações do Senai/Cetind e Cimatec, em Lauro de Freitas e Salvador. Cursos como esses são considerados verdadeiras portas de entrada de profissionais para as grandes empresas. “O Programa de Formação de Operadores tem sistematizado um caminho que se inicia no curso de formação, que hoje é conduzido pelo Senai, continua no programa de estágio e conclui-se, no caso da Braskem, com o programa trainee”, elenca a gerente de educação industrial da Braskem, Nadja Mello Silva. Ela explica que no programa de estágio os jovens passam por uma ambientação à cultura e aos valores da empresa, além de experiência prática reforçando o aprendizado no curso. OportunidadeHoje técnico júnior da planta de Aromáticos I, da Unidade de Insumos Básicos (Unib) da Braskem, o jovem Filipe Natã, de 23 anos, entrou na empresa através do curso de qualificação gratuito. Após concluir o ensino médio, em 2008, ele fez um curso técnico em Química e em seguida conseguiu uma vaga no curso de formação da Braskem. “O curso deu uma ótima base teórica. Depois, entrei como estagiário e, em seguida, fui contratado”, conta. Hoje como operador, tem contato direto com engenheiros e coordenadores e supervisores de planta, o que o faz vislumbrar um futuro dentro da empresa. “Apostar nos funcionários faz parte da cultura da Braskem”, destaca. “Trabalhar aqui é uma experiência muito boa. E como é uma companhia relativamente nova, dá para crescer aqui dentro, junto com a empresa”, diz. Novos investimentos da Braskem incluem fábrica de resina especialA Braskem deverá instalar, até 2015, uma nova planta no polo de Camaçari. A fábrica será uma joint venture com a empresa alemã Styrolution, e produzirá o metaloceno, uma resina com tecnologia mais moderna utilizada em embalagens que exigem características como maior resistência, brilho, transparência e selagem. A substância é empregada na indústria de transformação em aplicações de filmes plásticos, bobinas técnicas e filmes industriais. Um memorando de entendimento já foi assinado com o governo do estado, no mês passado. A Braskem também vai investir R$ 50 milhões na ampliação e conversão de uma linha de produção, na unidade do polo industrial de Camaçari, para a produção de polietileno de baixa densidade linear.

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