Que os empreendedores são responsáveis por grande parte das inovações que surgem todos os dias, isso não é nenhuma novidade. Mas, você sabia que algumas empresas como a Google e a 3M, procuram e estimulam essa característica em seus funcionários? A lógica por detrás deste interesse que, em um primeiro momento, pode parecer contraditório é que, ao fomentar o empreendedorismo interno, e pagar por isso, as empresas podem ganhar vantagens competitivas na indústria em que concorrem. Mas, e o que você ganharia com isso? Os estímulos e políticas utilizados pelas empresas assumem diversas formas sendo que as mais comuns são as premiações, concursos e participação nas vendas dos produtos criados. Nada mal, não é mesmo? Esse é o caso da 3M, o inventor do Post it (aquele bloquinho colorido com cola), funcionário da companhia, até hoje ganha uma parcela dos royalties sobre as suas vendas. Pesquisas recentes tem confirmado o aumento do interesse dos gestores em contratar pessoas empreendedoras e, por outro lado, também é visível o crescimento no número de pessoas que vislumbram neste interesse uma oportunidade de crescimento profissional. Os programas de empreendedorismo interno são, justamente por este motivo, uma alternativa para lidar com o problema da retenção de talentos.
Claro que esse modelo está mais difundido entre as empresas americanas e, por lá, os exemplos se multiplicam. Na LinkedIn, os funcionários podem sugerir uma nova ideia por trimestre, reunir uma equipe e apresentá-la aos executivos da empresa. Se a ideia for aprovada eles tem três meses para desenvolvê-la e transformá-la em algo que traga benefícios para a empresa. Na DreamWorks, eles vão mais além, ensinando seus funcionários como elaborar o plano de negócios e como apresentar essas ideias aos investidores, no caso, os executivos da empresa. No Facebook, e em muitas outras startups, são realizados hackathons (esforço concentrado de desenvolvedores) onde eles encorajam os times de engenheiros a colaborarem em projetos de software. Foi em um evento desses que diz-se ter surgido o ícone "curtir" que identifica a rede social. Exemplos como os acima estão se tornando cada vez mais comuns nas empresas, independente do porte ou setor. O empreencomorismo interno é agora reconhecido como uma fonte inesgotável de inovação e como uma estratégia bastante atraente de retenção de novos talentos. Para os profissionais da mais nova geração, os denominados "mileniuns" essa é a maneira mais fácil e menos custosa de concretizar ideias, afinal, não é todo dia que nos esbarramos com um investidor decidido a nos financiar. Por fim, não é necessário dizer que pessoas com espírito empreendedor, ainda que não estejam engajadas no desenvolvimento de novos produtos, são mais valorizadas para assumir cargos de gestão. Portanto, procure desenvolver o seu espírito empreendedor, sejam quais forem os seus projetos de carreira, você só ganhará com isso.
Profa. Dra. Carolina Spinola |
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