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Quem trabalha no ferry ainda não sabe como fica após mudanças

Nova empresa assume ferry-boat no dia 14, depois de cinco meses de intervenção do governo no sistema

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06/03/2013 às 10:04 • Atualizada em 02/09/2022 às 6:21 - há XX semanas
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Enquanto o governo estadual faz ajustes para encerrar seu período de intervenção no sistema ferry-boat e passar a gestão para a empresa Internacional Marítima, na quinta-feira da semana que vem, dia 14, como o CORREIO adiantou ontem, funcionários e comerciantes estão inseguros com as mudanças. Eles reclamam da falta de informações. No Terminal de São Joaquim, fardas e equipamentos ainda levam a marca da TWB Bahia, concessionária que administrou o sistema até a intervenção da Agência Estadual de Regulação de Transportes (Agerba), há cinco meses. Nos guichês e catracas, atendentes, fiscais e seguranças ainda não sabem nem quando e nem como se dará essa transição.
“Nos pediram apenas para entregar os nossos documentos pessoais novamente e isso foi feito há uns 20 dias. Fora isso, nada de concreto foi passado. Não fomos chamados em nenhuma reunião e nem informados sobre essa nova empresa”, afirma um funcionário, que pediu para não ser identificado. Uma das queixas de comerciantes dos terminais de São Joaquim e Bom Despacho é que receberam apenas uma carta comunicando, sem entrar em detalhes, que uma nova empresa assumiria o ferry. “O comunicado informava que até 31 de março uma nova empresa assumiria a gestão dos terminais, e que entrariam em contato conosco para definir como ficaria o uso dos espaços. Mas até agora, ninguém nos procurou”, informou Cláudio Tedesco, dono do Lanches e Bar Charrua com atuação no Terminal de São Joaquim há 25 anos. A Associação dos Comerciantes do Ferry-Boat (Asconferry), formada pelos 24 proprietários de estabelecimentos que funcionam nos terminais de Salvador e da Ilha de Itaparica, também não foi comunicada e aguarda as orientações da Internacional Marítima. “Temos uma expectativa muito grande com relação a essa mudança e esperamos que venha para melhorar a situação”, resumiu Jânio de Santana, presidente da Asconferry. Segundo o vice-governador e secretário estadual da Infraestrutura, Otto Alencar, será feito um contrato emergencial de seis meses (cujo valor não foi divulgado) com a Internacional Marítima. Neste período, haverá um processo licitatório para definir a concessionária que vai assumir o ferry-boat. Pagamentos De acordo com a assessoria de comunicação da Agerba, os cerca de 500 funcionários da TWB Bahia serão demitidos e recontratados imediatamente pela Internacional Marítima. Ainda segundo a Agerba, o pagamento das rescisões destes funcionários será realizado com a verba arrecadada pelo próprio sistema durante a intervenção. Sobre a reclamação da falta de esclarecimentos, a assessoria da Agerba declarou que todas as informações estão sendo organizadas para serem passadas ainda esta semana “não só aos funcionários, mas também para a sociedade”. Ontem, Otto preferiu não fazer um balanço dos meses de gestão governamental no ferry. “Não gosto de autoavaliar, quem tem que fazer essa avaliação (da intervenção do governo do estado) é o usuário, quem tem utilizado o sistema todo dia. Tem que comparar o que a outra (TWB Bahia) estava fazendo, desvio de dinheiro pra lá e pra cá, sucateamento das embarcações, entre várias outras coisas, e o que foi feito agora”, disse. Semana Santa Logo depois de assumir, a Internacional Marítima terá que organizar o esquema das travessias durante o feriado da Semana Santa, entre os dias 29 e 31 de março. Segundo a Agerba, não há nada programado para o período. Atualmente, o sistema tem cinco ferries funcionando. Todos passaram por manutenção durante a intervenção do governo, ou com troca de motor ou com reforma total. Segundo Otto, os serviços já foram realizados pela Internacional, que recebeu do governo R$ 20 milhões que seriam repassados à TWB. Procurada, a Internacional Marítima não se pronunciou sobre o início da operação. Intervenção: serviço até parou, mas ficam 5 ferries O governo do estado deve divulgar até a próxima semana um relatório da intervenção no sistema ferry-boat. A intervenção, que completaria seis meses no próximo dia 20, foi justificada pelo governo do estado e sugerida pelo Ministério Público Estadual como forma de apurar as irregularidades na execução do contrato por parte da TWB Bahia. Agora, chegando ao fim, são cinco embarcações em funcionamento e com manutenção constante, segundo a Agerba — antes, sob gerência da TWB ficavam disponíveis apenas três, que, por falta de reparos preventivos, apresentavam constantes problemas. Mas mesmo com a intervenção, o serviço chegou a ser suspenso. No dia 24 janeiro, em pleno Verão, o único ferry em operação quebrou. A espera pelo embarque chegou a cinco horas. Matéria original Correio 24h Quem trabalha no ferry ainda não sabe como fica após mudanças

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