O prefeito de Senhor do Bonfim, Paulo Machado, divulgou nota nesta quarta-feira (30) dizendo não entender porque está aparecendo como o "vilão" do combate à seca - ele se queixa de estar "sendo eleito o bode expiatório do ano da estiagem que nos assola". A prefeitura da cidade recebeu recomendação dos Ministérios Público Estadual e Federal para conter mais os gastos no São João - está previsto mais dinheiro para a festividade do que para medidas de combate à estiagem.
Segundo Machado, ele reduziu a festa junina na cidade de cinco para três dias e cortou quase R$ 300 mil em custos com atrações para a festa, além de reduzir número de palcos, iluminação, som e decoração. "Um São João de um milhão e quinhentos reais custará esse ano a metade", diz, lembrando ainda que parte do valor vem via patrocínio.
"Não entendo porque de repente eu sou execrado como vilão nessa história", diz Machado. Ele diz que a recomendação do MP pode valer para todos os municípios que enfrentam a seca. "O que eu não entendo é por que uma recomendação se transforma em ato de condenação e é espalhado por toda a Bahia, antes mesmo da prefeitura responder ao Ministério Público", reclama.
Recomendação do MPO município reservou R$ 114.067,80 para a seca e previu um gasto de R$ 965 mil com a festa, dos quais R$ 580.600,00 são destinados apenas a pagar as atrações musicais, diz nota divulgada pelo Ministério Público estadual.
A recomendação, feita pela promotora de Justiça Ítala Suzana da Silva Carvalho Luz, da 4ª Promotoria de Justiça de Senhor do Bonfim, e pela procuradora Gabriela Barbosa, da Procuradoria da República de Campo Formoso, levou em conta a disparidade entre o valor aplicado em ações de combate à seca e o montante destinado aos festejos.
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