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Venezuelano que dirigia embriagado no Rio Vermelho está ilegal

Em depoimento, ele confessou que mora em SP clandestinamente há sete anos

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22/10/2013 às 11:28 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:18 - há XX semanas
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O venezuelano Camilo Cardona, 34 anos, fez tudo que podia fazer de errado na manhã de ontem, na Rua Oswaldo Cruz, no Rio Vermelho. Depois de bater o carro no fundo de um ônibus, ele desceu do veículo visivelmente alcoolizado e ainda segurando uma garrafa de Smirnoff Ice. Encostou na porta do carro, bebeu um gole da vodca, virou de lado e urinou no chão.
Depois, cambaleou até o poste mais próximo, deitou na calçada e, na frente de dezenas de pessoas, dormiu tão profundamente que até roncou.Toda essa cena ocorreu por volta das 7h, perto do Shopping Yemanjá. Camilo dirigia um Focus preto com placa de São Paulo (DPJ 9826) e que ficou com a parte frontal destruída.
Em depoimento à polícia, Camilo confessou que está no Brasil há sete anos, morando clandestinamente em São Paulo. Ele disse que é artesão e que chegou a Salvador há dois dias, para passear. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, ele diz não se lembrar onde estava bebendo antes do acidente, mas afirmou que estava retornando para o flat em que estava hospedado, na Barra.
O documento do carro, que Camilo diz ter alugado, está em nome de Mirian Gmachl. A Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), responsável pelas investigações do caso, ainda vai verificar se o veículo foi alugado mesmo e se pertence a uma empresa. A carteira e o celular de Camilo não foram encontrados, mas a carteira de habilitação estava no Focus.
De acordo com a Transalvador, ele possui autorização para dirigir no Brasil por conta de um acordo que concede a licença de direção nos países do Mercosul. Ainda assim, o venezuelano foi autuado por três infrações: dirigir embriagado, não possuir habilitação e causar dano ao patrimônio público.
Exames
Na tarde de ontem, Camilo Cardona foi submetido aos exames químico e clínico de alcoolemia, além de exame de corpo de delito. Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele será encaminhado ao presídio e as investigações vão apurar até se sua identidade é verdadeira. A Polícia Federal também participará da investigação, já que a clandestinidade é configurada como crime federal.
Depois do acidente, o carro foi recolhido para o pátio da Transalvador. Dentro do carro havia ainda duas garrafas de cerveja Heineken, outra de Smirnoff Ice e um energético Red Bull. Com a batida, Camilo sofreu um pequeno corte no queixo, mas ninguém mais se feriu.
“Que perigo! Ele está completamente bêbado. Poderia ter causado um acidente mais grave, ainda bem que ninguém se feriu”, afirmou a doméstica Silvia Mota, 28 anos, que seguia a caminho do trabalho.
Batida
"Eu estava dormindo quando ouvi o barulho. Saí para ver o que tinha acontecido e vi o motorista completamente bêbado", contou um morador da rua Oswaldo Cruz, pedindo anonimato.
O padeiro Antônio Santana também ouviu o barulho da batida do veículo e correu para ver o que tinha acontecido. "Eu ouvi a porrada. Ele estava sozinho no carro e saiu com uma garrafa. Ele ainda virou uma garrafa inteira de bebida na boca e depois caiu. O pessoal esticou ele mais para o lado, para a sombra, e deixou aí, até a policia chegar", disse.
Trajando camisa branca e calça e sapatos pretos, Camilo aguardou o atendimento no chão, alheio a tudo o que se passava a seu redor. Um policial da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar tentou despertar o motorista, mas a iniciativa foi em vão.
A ambulância do Samu chegou às 8h. Enquanto os paramédicos tentavam imobilizar o paciente, ele acordou. Atordoado, tentou reagir, mas não conseguiu pronunciar o próprio nome e apagou novamente. Então, foi levado para o HGE. Agora, sua farra vai terminar no presídio.
Dirigir depois de beber é infração gravíssima
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, Camilo poderá ter a carteira cassada por até 12 meses e pagar multa de até R$ 1.915. Dirigir alcoolizado é considerada uma infração gravíssima. Dentre as penas, está prevista detenção de seis meses a três anos, multa e a suspensão ou cassação da carteira de habilitação. As informações sobre o estado de embriaguez do venezuelano vão depender dos resultados dos exames de alcoolemia feitos ontem.
De janeiro até agosto deste ano, segundo a Transalvador, 21.015 motoristas foram abordados pelas blitze de alcoolemia. Ao todo, 1.807 condutores se recusaram a fazer o teste do bafômetro, 1.095 veículos foram apreendidos e 2.251 carteiras de habilitação foram recolhidas.
No total, 2.224 condutores foram autuados na Lei Seca. O superintendente da Transalvador, Fabizzio Müller, afirmou que o órgão pretende intensificar a fiscalização. Matéria original: Correio24h Venezuelano que diriga embriagado no Rio Vermelho é ilegal e vai ser encaminhado ao presídio

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