O caixa beletrônico da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba) amanheceu cercada por faixas amarelas nesta terça-feira (15). Observando a cena, dois vigilantes do Grupo MAP, empresa terceirizada pela Ufba para fazer a segurança patrimonial nos campi, se entreolham. O comentário é um só: "estamos à mercê".Durante a madrugada, por volta de 2h30, quatro vigilantes foram rendidos e presos dentro de uma guarita, enquanto seis assaltantes armados tentavam arrombar um terminal de auto atendimento do Banco do Brasil. O grupo acabou desistindo da ação e fugiu levando os celulares, uma farda e uma mochila dos seguranças.
Os vigilantes contam que por trabalharem desarmados se sentem tão desprotegidos quanto os estudantes. "Imagine se, por um acaso, tem um vigilante quietinho na guarita e um cara vem armado roubar um aluno. O vigilante vai sair da cabine dele para fazer o quê?", questiona um vigilante que trabalha na Escola Politécnica.Ainda segundo o segurança, eles se sentem mais expostos nos dias em que não há aulas. "Domingo só tem dois vigilantes para a faculdade toda. Isso aqui fica um deserto". Para o chefe de apoio da Escola Politécnica, José Mariano Silva, o número de vigilantes não é suficiente. "Temos um problema sério de vigilantes na unidade por causa disso", lamenta.Outra vigilante, que trabalha no Pavilhão de Aulas da Federação, conta que sente medo porque não há controle de entrada nos campi. A segurança relata ainda que pessoas são vistas pulando o muro com frequência. "Qualquer pessoa entra aqui, a qualquer hora. Eles pulam o muro ou entram pelo mato. O que não falta é acesso", explica. Em comunicado à imprensa, a Ufba informou que parte dos seguranças dos campi portam armas, em pontos de serviço específicos. A instituição, no entanto, não detalhou quantos vigilantes trabalham armados e nem onde ficam esses pontos. O CORREIO tentou contato com o Grupo MAP, mas não obteve êxito.No final de fevereiro, o reitor João Carlos Salles anunciou uma série de medidas para reforçar a segurança nos campi. O prazo para implantação das medidas é de 90 dias.
(Foto: Lara Bastos/CORREIO) |
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