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AGU vai à Justiça contra contas do Twitter que alertam sobre radar e blitz

Para AGU, aviso viola Código Penal e Código de Trânsito Brasileiro. Ação pede suspensão de contas do Twitter de Goiás que fazem alertas

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06/02/2012 às 16:46 • Atualizada em 03/09/2022 às 8:48 - há XX semanas
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A Advocacia Geral da União (AGU) entrou na Justiça Federal de Goiás com uma ação civil pública que pede a "suspensão imediata" de contas do Twitter que avisam sobre a localização de radares e que divulgam informações sobre data, hora e local de blitz policial. O pedido se refere especificamente aos alertas em Goiás, mas, dependendo da decisão do juiz, pode vir a ter impacto em todo o país. "Isso vai depender da questão técnica, se vai ocorrer o bloqueio por palavra. Acho difícil que façam o bloqueio por região. Por conta disso, embora o pedido seja específico para Goiás, pode haver o efeito para todo o país. Vai depender do que o juiz decidir", afirmou o advogado da União em Goiás Luís Fernando Teixeira Canedo. A informação sobre a ação judicial foi divulgada pela AGU nesta segunda-feira (6), mas o processo foi protocolado no fim de janeiro. A Justiça ainda não analisou o pedido. A ação é assinada pela Procuradoria da União de Goiás e tem como foco a empresa Twitter INC, com sede nos Estados Unidos e que gerencia as contas do Twitter. No pedido, a AGU afirma que a conduta de alertar sobre radar e blitz "agride diretamente a vida, a segurança e o patrimônio das pessoas em geral". Segundo o órgão, dispositivo do Código Penal e do Código de Trânsito Brasileiro são violados com a divulgação. "Os advogados da União sustentam que, além da importância que as fiscalizações exercem para reduzir o número de acidentes de trânsito, também servem para combater a prática de outros delitos graves, como o furto de veículos, porte ilegal de armas e tráfico de drogas", diz nota divulgada. A AGU pede, por meio de uma liminar, que as contas dos usuários em Goiás sejam suspensas mesmo antes da análise do mérito do pedido e que seja aplicada uma multa diária de R$ 500 mil no caso de descumprimento. Conforme a AGU, a ação foi proposta a partir de estudos produzidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que apontam informações sobre acidentes e mortes no trânsito.

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