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Falta de acordo atrasa entrega de documento da Rio+20

O Brasil assume a presidência da Rio+20 a partir deste sábado (16), informou o diretor da divisão de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Nilchil Seth, durante entrevista, no Riocentro

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16/06/2012 às 20:15 • Atualizada em 28/08/2022 às 15:21 - há XX semanas
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O Brasil assume a presidência da Rio+20 a partir deste sábado (16), informou nesta sexta-feira (15) o diretor da divisão de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Nilchil Seth, durante entrevista, no Riocentro. O Brasil é o país-sede da conferência e assumir a presidência já era algo esperado a essa altura das negociações. O principal desafio do país será mediar as negociações diplomáticas em torno do documento final da cúpula da ONU, devido à falta de acordo entre os 193 países que negociam o texto. “A responsabilidade passa amanhã (hoje) para o Brasil, que tem que decidir e explicar para os participantes qual é o programa para os próximos três dias. Os Estados-membros estão preocupados com os trabalhos da delegação. Esperamos que até 19 de junho esteja tudo concluído. A hora é de urgência”, disse Seth. De acordo com o representante da ONU, em apenas 28% do texto final houve consenso entre os países. Por isso, as negociações sobre o documento final da conferência se estenderá até a cúpula de chefes de Estado e governo, que começa na próxima quarta-feira. Os pontos que estão travando a conclusão do documento são o financiamento da transição para o desenvolvimento sustentável, a definição de economia verde, a reafirmação do princípio das “responsabilidades comuns, mas diferenciadas” e o futuro quadro institucional para o tema. Neste último ponto, caberá definir se o Pnuma, programa da ONU para o ambiente, será ou não transformado em uma agência das Nações Unidas, com mais poderes e contribuições obrigatórias de todos os países. Na quinta-feira, o negociador-chefe brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, disse que o Brasil não tem um documento alternativo “na manga”, mas vai procurar aproximar posições, sem abrir mão de um documento que seja “o mais ambicioso possível”. Segundo Seth, a expectativa agora é que a negociação seja concluída no dia 19, véspera da cúpula de “alto nível”. Com a presidência do Brasil na Rio+20, as negociações se manterão com os embaixadores André Corrêa do Lago, chefe da delegação brasileira, e o secretário executivo do Brasil, Luiz Figueiredo. A presidente Dilma Rousseff assume o comando nas reuniões plenárias do dia 20 até 22. Visita de Lula Após cancelar um evento na Rio+20 marcado para hoje, o ex-presidente Lula afirmou que irá participar de outras três atividades na conferência da ONU para o meio ambiente. O evento de hoje, em que faria um discurso, Lula cancelou para poupar a voz, já que ele teve a garganta sobrecarregada durante exames. Mas na quarta, Lula se encontrará com o presidente da França, François Hollande, e assistirá à abertura da conferência Rio+20, que será feita pela presidente Dilma e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. No dia seguinte, o ex-presidente participa de um jantar oferecido pela prefeitura do Rio de Janeiro para participantes da Rio+20. Em nenhum deles, o petista pretende discursar. Na quarta-feira passada, Lula foi internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para exames e para a retirada de um cateter colocado em novembro. Foi por meio do dispositivo que ele recebeu parte da medicação em seu tratamento contra o câncer na laringe. Na quinta-feira, Lula recebeu alta. Sua assessoria informou que a internação já estava agendada. Além dos exames, o ex-presidente fez uma biópsia. Não foram detectados vestígios do tumor.

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