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Grupo faz manifestação em frente a restaurante acusado de racismo em São Paulo

Os sócios do restaurante disseram que não iriam se manifestar sobre o caso até a conclusão do inquérito policial

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07/01/2012 às 18:26 • Atualizada em 29/08/2022 às 2:53 - há XX semanas
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Enquanto algumas pessoas almoçavam no Restaurante Nono Paolo, na zona sul de São Paulo, do lado de fora, um pequeno número de pessoas fazia um panelaço contra atitudes racistas. A manifestação, pacífica, foi organizada pela internet e motivada pela história do casal espanhol que teve o filho adotivo, de 6 anos, retirado do estabelecimento. Enquanto os pais se serviam no restaurante, o filho etíope ficou esperando em uma das mesas. Um dos funcionários da pizzaria abordou a criança e a retirou do local. O casal espanhol encontrou o filho na calçada e registrou um boletim de ocorrência por discriminação racial na Delegacia do bairro de Vila Mariana. A estudante Carina Paola Cardenas, uma das idealizadoras do protesto, disse que o objetivo é chamar a atenção para o preconceito racial. “Pretendemos mostrar às pessoas que o racismo existe. Não se consegue mudá-lo somente por leis. O que muda isso é a conscientização. Por isso, estamos estimulando o boicote aos estabelecimentos que tenham esse tipo de política de maltratar pessoas seja por causa da raça ou por questão social.” Wilson Honório da Silva, do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, disse que o protesto, apesar de ter contado hoje com um grupo muito pequeno de pessoas, não pode ser esgotado. “O movimento tem o propósito de mandar um recado para a sociedade. Estamos cansados de viver em um país onde ser negro é parecer marginal.” Para ele, a ideia é organizar manifestações ao longo do ano para alertar a população sobre o racismo. “Estamos propondo transformar o dia 21 de março, que é o Dia Internacional de Combate ao Racismo, num grande ato em protesto a todos esses casos que têm se repetido em São Paulo”, disse. Os sócios do restaurante disseram que não iriam se manifestar sobre o caso até a conclusão do inquérito policial. Na última quarta-feira (4), a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo instaurou um processo para apurar o caso. Se for comprovada a discriminação racial contra a criança, o estabelecimento poderá ser multado. As informações são da Agência Brasil.

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