Jovens cientistas começam a ser convocados em todo o país para o Prêmio Jovem Cientista, premiação organizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com Fundação Roberto Marinho, Gerdau e General Eletric. O prêmio tem objetivo de promover a reflexão e a pesquisa, revelar talentos e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução de desafios brasileiros. As inscrições poderão ser feitas de 6 de maio ao dia 30 de agosto pelo site do Prêmio Jovem Cientista. Para participar é preciso ter menos de 40 anos e estar ligado a instituição de ensino. As categorias são estudantes de ensino médio - que inclui estudantes de ensino técnico e profissionalizante -, estudantes de ensino superior e mestre doutor. Haverá prêmio de mérito científico para a instituição de ensino médio e para a de ensino superior que apresentarem o maior número de inscrições de trabalhos com mérito científico. Será premiado também um pesquisador doutor que tenha dedicado a carreira ao tema abordado pelo prêmio. O deste ano é Água: desafios da sociedade. Antes da abertura das inscrições, uma equipe começou, esta semana, a percorrer cidades brasileiras para divulgar a premiação para secretarias de Educação e escolas de ensino médio. Hoje (18) as visitas foram feitas em Brasília. "O prêmio incentiva a pesquisa e é importante para que tenhamos jovens que se motivem a trabalhar com inovação, o que não é muito incentivado nas escolas", diz Marlise Levorsse de Almeida, uma das donas de escola visitada esta manhã. A proposta foi apresentada aos professores e deve chegar na semana que vem às salas de aula. Os professores, na etapa, ocupam um papel importante, explica a gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho, Andrea Margit. "São eles que vão acompanhar e orientar os projetos". Por isso, é oferecido a esses profissionais um kit que contém um caderno conteúdo, com sugestões de planos de aula e fichas de exercícios para serem desenvolvidos pelos estudantes. Além das visitas, em maio, ocorrerão oficinas para estudantes do ensino médio para que tenham contato com o método científico, que será empregado nos projetos. Elas terão a duração de quatro horas e serão feitas em dez capitais: Belém, Campo Grande, Curitiba, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Brasília. As inscrições para as oficinas podem ser feitas a partir da semana que vem, também pelo portal do prêmio. Os prêmios vão de R$ 15 mil a R$ 30 mil para a categoria de mestre e doutor e de R$ 10 mil a R$ 15 mil para nível superior. No ensino médio, os três primeiros lugares recebem laptops. As instituições premiadas recebem R$ 35 mil cada e o pesquisador doutor premiado recebe R$ 20 mil. Os vencedores também são contemplados com bolsas de estudo do CNPq, além da publicação dos trabalhos. As empresas parceiras, Gerdau e General Eletric, oferecerão visitas aos laboratórios globais de pesquisa. A estudante Ana Gabriela Person foi a vencedora do prêmio em 2011 na categoria de estudante de ensino médio. Ela foi incentivada pela professora a inscrever o projeto que desenvolvia na instituição de ensino técnico onde estudava. Ana Gariela propôs a utilização de materiais orgânicos para armazenar e transportar mudas de plantas no lugar dos saquinhos pretos de polietileno usados atualmente. "O prêmio foi importante para que eu pudesse divulgar o meu trabalho. Cheguei a apresentá-lo em mais duas feiras de ciência de nível nacional e ele foi muito bem aceito. Ganhei mais uma premiação pelo projeto", diz.
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