Foto: Reprodução/g1
A estudante Renata de Assis, que foi baleada em um pagode mas só notou o ferimento quatro horas depois, contou que o local foi escolhido "a dedo" por um amiga para comemorar o aniversário. Ao g1, ela contou que está receosa de voltar ao bairro.
"Eu estou um pouco receosa de voltar no bairro, que era um lugar que eu não conhecia. Eu fui porque foi escolhido a dedo por uma amiga de confiança [comemorar o aniversário]. Ela já disse que tinha ido lá e falou que era tranquilo", disse.
A jovem, de 22 anos, foi atingida no braço por volta de 0h30. Mesmo machucada, ela permaneceu na festa com amigos. Ela só procurou atendimento, quando sentiu uma dor muito forte no braço.
Ela foi atendida em dois locais: a UPA da Penha e, em seguida, o Hospital Estadual Getúlio Vargas.
"Eu continuei na festa. O pessoal falou ‘vamos para o médico?’. Eu falei ‘que médico? Vamos curtir, vamos dançar, olha o pagodinho tocando’. Fiquei de boa. Teve uma hora que eu percebi que estava doendo. Segurei meu braço bem junto ao meu corpo e fiquei quieta. Comi doce, bolo, refrigerante, tudo normal. Foi quando eu parei de sentir meu braço. Estava doendo tanto, que eu não conseguia mexer mais. Não abria e fechava mais a mão", explicou Renata.
Após um exame de imagem, foi constatado que a bala estava alojada no braço direito da jovem. Renata disse que neste momento pensou: "acabou para mim".
"O que eu senti foi medo, desespero, achar que eu ia morrer e nunca mais ia sair de lá. Eu pensei ‘pronto, quando vê a plaquinha de emergência do hospital, você não sai mais. Acabou para mim’. Agora, eu estou bem. Estou só com uma bala no meu braço, mas estou bem", explicou.
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Redação iBahia
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