Uma criança de nove anos escreveu um bilhete para avó pedindo para morar com ela, pois o padrasto a abusava sexualmente . Após ler o que a neta tinha escrito, ela denunciou o caso ao Conselho Tutelar de Manaus (AM), cidade onde moram. No recado, a vítima escreveu 'a mesma coisa que ela faz com a mamãe, também faz comigo'. As informações são do G1 Amazonas.
“Foi a avó que, depois que recebeu o bilhete da neta, veio aqui procurar ajuda porque não sabia o que fazer. Ela mostrou o bilhete pra gente, trouxe a criança e a menina relatou que ele [padrasto] já fazia isso desde quando ela tinha seis anos”, disse a conselheira do Conselho Tutelar, Iolene Oliveira.
Ainda segundo a conselheira, o suspeito é casado com a mãe da criança desde quando ela tinha três anos. “Ela até chama ele de pai. Quando ela tinha seis anos ele começou com os abusos mas ela nunca teve coragem de falar, o último estupro aconteceu quando eles estavam em Goiânia”, contou.
Em entrevista ao G1, Iolene relatou ainda que, durante o período em que eles moravam em um sítio em Goiânia, a criança foi ajudar o padrasto a guardar o gado e, nesta ocasião, o homem a teria violentado. A criança chegou a contar o estupro para a mãe, mas ela não deu atenção ao assunto.
“Ela ficou sangrando, falou para a mãe e a mãe não disse nada. Levou a criança ao médico alegando que achava que era infecção urinária e não falou as outras coisas”, relatou a conselheira.
Ao voltarem para Manaus, a família começou a morar no fundos da casa da avó, mãe do pai biológico da criança e, neste período, não houve nenhum outro caso de estupro. Ao saber que iriam que a mãe e o padrasto estavam pensando em se mudar, a menina escreveu o bilhete.
"A avó chamou a mãe e perguntou, mãe disse que ia entregar [a filha] pra avó porque ela já estava contando mentiras, e agora ela está morando com a avó há cerca de uma semana”, contou a conselheira.
A criança passou por exames e será atendida por uma psicóloga. Nos próximos dias, a família deve ir à polícia para prestar depoimento e, após o resultado do laudo, as autoridades irão tomar as medidas cabíveis.
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Redação iBahia
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