Um motorista de aplicativo foi preso, na manhã desta terça-feira, por policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav). Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto pelo estupro de um menino de 13 anos. A violência ocorreu durante o trajeto de uma corrida em Botafogo, na Zona Sul do Rio. De acordo com o delegado Adilson Palácio, titular da Dcav, o suspeito trabalhava para a Uber. Ainda segundo Palácio, a empresa ajudou na identificação do homem.
— A mãe do menino pediu o carro para o garoto, que seguiu sozinho em uma viagem dentro do bairro. Durante o trajeto, o motorista começou a conversar com a vítima e a estuprou, cometendo a violência sexual. A empresa ajudou nas investigações para identificá-lo. Nossa equipe efetuou a prisão hoje (terça-feira) na Baixada Fluminense.
Os pais do adolescente procuraram a delegacia em 19 de fevereiro e relataram o estupro, ocorrido dias antes. Segundo o delegado, a vítima não contou para os responsáveis sobre o crime num primeiro momento, por medo. Porém, com o passar dos dias, os pais perceberam o adolescente calado e com mudança de comportamento.
— Ele ficou muito assustado e com medo, com razão — afirma o delegado.
De acordo com a polícia, o motorista frequenta uma igreja na Baixada Fluminense, é casado, tem uma filha e um neto. O carro em que o suspeito trabalhava era alugado, e o endereço cadastrado não era mais do homem, que foi encontrado numa residência próxima. Na hora em que recebeu a intimação, ele negou o crime. A polícia investiga ainda se o motorista cometeu outro estupro, dias antes desse crime.
— Durante a conversa com o menino, dentro do carro, ele relatou que havia mantido relação com outra passageira, que estava embriagada. Se alguém tiver sido vítima, procure a polícia — destaca Palácio.
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A equipe de investigadores conseguiu identificar o autor e pediu a prisão temporária dele à Justiça. A transferência do motorista para a Cadeia Pública de Benfica, local de triagem e porta de entrada do sistema penitenciário, foi feita no início da tarde desta terça-feira.
Em nota, a empresa Uber lamentou o ocorrido e afirmou que a conta foi desativada: "A Uber lamenta o crime terrível que foi cometido. A conta do motorista foi desativada e a empresa colaborou ativamente com as autoridades no curso das investigações", destaca a nota.
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Redação iBahia
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