O médium João de Deus deve ser denunciado na sexta-feira por suposto abuso de quatro mulheres que o procuraram em busca de cura espiritual. A força-tarefa do Ministério Público de Goiás, que está à frente das investigações, deve apresentar a denúncia contra o médium antes do meio dia. Pelo menos 78 mulheres já denunciaram terem sido vítimas de ataques sexuais, mas por questões práticas, os promotores do caso decidiram concentrar a primeira acusação formal em quatro relatos. São denúncias já apuradas também pela Polícia Civil e que contariam com um maior volume de indícios contra o médium.
João de Deus deve ser acusado de abuso mediante fraude contra quatro mulheres que visitaram o centro de atendimento mantido por ele em Abadiânia. Eles teriam recorrido ao médium com queixas sobre problemas de saúde. Durante as consultas, elas teriam sido apalpadas nas partes íntimas ou instadas a apalpar o médium. Os toques eróticos fariam parte da busca pela cura. Em depoimento ontem ao promotores do caso, João de Deus disse que sequer se lembra das mulheres que o acusam de violência sexual.
Os promotores tiveram que acelerar a investigação e preparar logo a primeira denúncia porque João de Deus está preso. Com réu na cadeia, os investigadores tem prazos menores para apresentar acusação formal. Se não fizeram a denúncia no prazo, João de Deus poderia ser solto. João de Deus é acusado de molestar e estuprar mulheres dentro e fora do centro de atendimento espiritual, em Abadiânia, ao longo de décadas. Num esforço concentrado, os promotores já ouviram relatos de 78 mulheres. Mas já receberam, por email, 260 denúncias contra o médium.
Veja também:
Leia também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!