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Neto se recusou a prestar primeiros socorros a pastor, diz médico

O profissional pediu que ele verificasse se a vítima ainda estava respirando e o jovem se recusou

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Redação iBahia

22/08/2019 às 21:22 • Atualizada em 29/08/2022 às 4:02 - há XX semanas
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O médico responsável por atender a ligação feita ao Corpo de Bombeiros após o pastor Anderson do Carmo ter sido baleado, na madrugada do dia 16 de junho, afirmou que o rapaz que falava com ele no telefone se recusou a prestar os primeiros socorros à vítima. De acordo com o relato dado por Lucas Silva Camargo à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, o jovem, que aparentava estar muito calmo, alegou que o pastor já estava morto, por isso não faria aquilo que ele orientava. Ramon dos Santos Oliveira, de 20 anos, filho de Simone dos Santos e neto de Flordelis, afirmou em seu depoimento que ele foi o responsável por falar com o médico e admitiu que se negou a fazer o que o profissional lhe pediu, pois acreditava que o avô já estava sem vida.

Em depoimento, o médico Lucas Silva Camargo afirmou que falou ao telefone com um rapaz que estava muito calmo e também aparentava ser jovem. O profissional pediu que ele verificasse se a vítima ainda estava respirando e o jovem se recusou. “O declarante entendeu que o interlocutor se recusou a fazer as manobras de reanimação de vítima”, afirmou Lucas à polícia. Daniel dos Santos, filho de Flordelis, também disse em seu depoimento que Ramon foi o responsável por falar com o médico e afirmou ter visto o rapaz se recusar a fazer o procedimento de primeiros socorros.

Ramon ao lado da mãe, Simone (Foto: Reprodução)

Já Ramon, em seu depoimento, disse que chegou a fazer um dos procedimentos solicitados pelo socorrista, o de colocar os braços de Anderson para cima, mas se negou a fazer a massagem cardíaca, pois acreditava que o avô já tinha morrido.

Como o EXTRA revelou nessa quarta-feira, um frequentador da igreja de Flordelis afirmou à polícia que Simone, mãe de Ramon, confidenciou a ele que desejava matar o pastor Anderson do Carmo. Rogério, que é casado, afirmou que teve um caso extraconjugal com Simone durante cinco meses, no início do ano passado. A mulher é filha biológica apenas de Flordelis.

Ele relatou aos policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo que certo dia recebeu uma ligação de Simone com muita raiva, alegando que havia sido agredida por Anderson, que era seu padrasto, durante uma briga de família.“Vou matar esse demônio, a gente não aguenta mais. Minha mãe não aguenta mais”, disse Simone durante a conversa, segundo Rogério. Ele afirma ter se oferecido para matar o pastor e, em resposta, a amante perguntou se ele teria coragem de fazer isso. Rogério disse que sim.

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Ainda de acordo com o depoimento, uma semana depois, Simone avisou a ele que havia conseguido arrumar o “brinquedo” e Rogério disse que pensaria “como faria isso”. Segundo Rogério, Simone disse a ele ter contado para Flordelis que o amante mataria Anderson. A mãe apenas perguntou se ele teria coragem de fazer isso. Simone disse que sim e a pastora se calou.

Além disso, testemunhas já relataram à polícia que Simone era uma das responsáveis por colocar remédios na comida do pastor. A Dh de Niterói descobriu, ainda, que a filha de Flordelis fez buscas na internet sobre como comprar comprar o veneno cianeto.

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