Ter a bagagem extraviada ou não recebê-la de imediato é um dos piores pesadelos dos viajantes. Mas, anualmente, em todo o mundo, é isso que acontece com mais de 21 milhões de malas durante as viagens de avião — o que equivale a 5,7 volumes para cada mil passageiros.
A maioria some nas conexões. Outra parte, no check-in (a mala não é embarcada ou é direcionada a um destino errado). Por fim, responsável por parte de 10% desse atraso, vem o engano na hora de pegar a bagagem na esteira. Os dados são da Sociedade Internacional de Telecomunicações Aeronáuticas (Sita).
Outra péssima notícia é receber a mala danificada - o que acontece com 16% delas, ou mais de 3,4 milhões. O problema costuma ocorrer na manipulação da bagagem do check-in ao avião. Para minimizar este problema, a revista Condè Nast Traveller consultou um agente responsável por transportar os volumes no aeroporto, que deu sugestões para que o viajante não seja pego de surpresa.
"A coisa número um que uma mala deve ter é uma alça no fundo, entre as rodas", afirma o agente que diz que o apoio facilita o carregamento. Mala cheia também é mais resistente, garante o profissional. "O caminho da bagagem não é bonito. A mala é esmagada e empilhada, e as que estão cheias sobrevivem melhor. E verifique se as zíperes estão fechados!".
Materiais maleáveis e leves são cada vez mais comuns, mas o agente consultado pela publicação não recomenda o uso delas. "Não há estrutura e qualquer coisa pode ser esmagá-la ou danificá-la". E, por fim, escolha sempre malas com quatro rodas. "A bagagem de quatro rodas é fácil porque eu posso empurrá-la para o meu colega de trabalho ou para o carrinho de bagagem e ela simplesmente desliza até lá. Bagagem de duas rodas provavelmente serão jogadas ou arrastadas".
Diferencie sua bagagem
Já em relação às perdas, não há números específicos no Brasil de quantas malas somem após a chegada no aeroporto. Mas sabemos que, para cada mil passageiros transportados, 2,1 malas são extraviadas — e parte delas, também, na esteira. Uma taxa bem abaixo da média mundial, o que nos torna referência em manuseio de bagagem.
— As pessoas estão ansiosas quando saem do avião e as malas são parecidas. Na correria, os viajantes acabam nem olhando a etiqueta, pegam a bagagem errada e só percebem o engano no trajeto, em casa ou no hotel — diz a agente de viagens Anna Barros, que já viveu a situação com alguns clientes.
Para evitar perdas, então, tentamos diferenciar nossas bagagens das outras, certo? Com adesivos, penduricalhos, cores chamativas etc. Mas a cada dia surgem novas opções de personalização de malas. Há empresas que se dedicam a criar diferentes “roupas” para cada bagagem. É o caso da Skinbag, que produz as “vestimentas” com estampas de artistas, paisagens, desenhos e outras temáticas, como bandeiras de países, camisas de time de futebol e até ícones fofos, como o boneco Smile. Há opções em três diferentes tamanhos — P, M e G, que seguem as medidas tradicionais das bagagens, a partir de R$ 99,99.
Já a startup inglesa Firefox pensou em uma solução divertida: a Head Face, uma “roupa” inteiramente estampada com o rosto do dono da mala. Segundo a empresa, nada diz mais “essa é a minha bagagem!”, do que uma versão gigante do próprio rosto do passageiro.
Para encomendar a capa, basta enviar a foto do rosto desejado em alta resolução (acima de 5MB) para a loja. Também são três tamanhos, mas o produto é “elástico”, permitindo adaptações segundo o formato da mala. A menor custa £ 19.99 (R$ 88), mais o frete para o Brasil.
Anna dá outra sugestão, recomendando ainda que o viajante nunca esqueça da etiqueta com nome e telefone:
— Vale usar o lado artístico e, se for do gosto do viajante, pintar a mala, por exemplo.
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Redação iBahia
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