Menu Lateral Buscar no iBahia Menu Lateral
iBahia > colunistas > educação xualse
Whatsapp Whatsapp
Educação xualSe

Descomplicando a tesourinha: precisamos falar sobre esse tipo de sexo

Gisele Palma reflete sobre a prática da tesourinha, que divide opiniões entre as lésbicas

Gisele Palma • 26/04/2024 às 19:48 - há XX semanas

Google News siga o iBahia no Google News!

Tesourinha, tribadismo, colar velcro, scissoring (em inglês)… Existem muitos nomes para chamar essa prática famosa no sexo entre vulvas, que consiste em roçar as genitálias. Considerada incrível por umas e superestimada por outras, a tesourinha sem dúvidas divide opiniões. A desinformação, o falocentrismo, a falta de educação sexual inclusiva e a misoginia são os principais responsáveis pela baixa popularidade da prática.


				
					Descomplicando a tesourinha: precisamos falar sobre esse tipo de sexo
Descomplicando a tesourinha: precisamos falar sobre esse tipo de sexo. Foto: Reprodução / Canva Pro

O ódio a tudo relacionado ao universo feminino associado à idolatria do homem cisgênero, típico de sociedades patriarcais, já coloca as relações lésbicas em um local repulsivo e desinteressante. Assim, o sexo entre vulvas sequer é considerado como tal; práticas como oral e tesourinha são meras preliminares. Sexo de verdade seria apenas o que envolve a penetração de um pau de carne.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Leia mais:

Essa perspectiva falocentrada não somente limita as vivências sexuais como também condena as pessoas com vulva à anorgasmia. Penetração pode ser delicioso, mas o que nos faz gozar, em 99,9% dos casos, é o estímulo na glande do clitóris. Esse órgão, com mais de dez mil terminações nervosas, não pode mais ser ignorado, uma vez que ele existe exclusivamente para gerar prazer.

E adivinha o que estimulamos diretamente durante o esfrega-esfrega? Ele mesmo! Na tesourinha, o clitóris é o foco. As pernas das duas pessoas se entrelaçam, os corpos se aproximam e ambas vão buscando o ângulo perfeito. Logo, as vulvas se encontram. Um beijo de lábios internos e externos, bem molhado, quentinho e macio, leva as duas a uma sensação inebriante de paraíso. Essa é a tesourinha.


				
					Descomplicando a tesourinha: precisamos falar sobre esse tipo de sexo
Descomplicando a tesourinha: precisamos falar sobre esse tipo de sexo. Foto: Reprodução / Canva Pro

Descomplicando a Tesourinha

Se só de ler, já ficamos nervosas, é difícil acreditar que, na realidade, a maior parte das sapatonas não roça. E aqui entra a urgência da educação sexual que visibilize e informe adequadamente sobre as diversas possibilidades de relações para além da pênis-vagina, porque o desinteresse pela tesoura geralmente vem da desinformação.

Pensando nisso, eu desenvolvi uma imersão online chamada “Descomplicando a Tesourinha" para solucionar todas as dificuldades frequentes, ensinar posições, movimentações, formas de prevenção de ISTs e mostrar o potencial orgástico que essa prática possui. Se você quer ampliar seu repertório sexual e superar os medos e vergonhas, recomendo que clique aqui e garanta a sua vaga. É, de fato, um curso transformador.

Ninguém conversa conosco sobre as vivências lésbicas; crescemos e vivemos rodeadas de cisheteronormatividade. Precisamos desconstruir e reinventar todas as noções que nos foram passadas sobre sexo se quisermos nos realizar nesse aspecto. Vamos juntas?


				
					Descomplicando a tesourinha: precisamos falar sobre esse tipo de sexo
Descomplicando a tesourinha: precisamos falar sobre esse tipo de sexo. Foto: Reprodução / Canva Pro
Imagem ilustrativa da coluna Educação xualSe
Venha para a comunidade IBahia
Venha para a comunidade IBahia

TAGS:

RELACIONADAS:

MAIS EM EDUCAÇÃO XUALSE :

Ver mais em Educação xualSe