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De vereador de Salvador a ministro no governo Lula: relembre trajetória política de Gilberto Gil

Cantor integrou a Câmara de Vereadores da capital baiana entre 1989 e 1992. Já à frente do Ministério da Cultura, o artista ficou de 2003 a 2007

Alan Oliveira • 22/06/2022 às 8:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:50

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Que Gilberto Gil já compôs, cantou e deu melodia a muitas músicas, todo mundo sabe. Mas você conhece e se lembra da trajetória política do artista ao longo dos seus quase 80 anos de vida? Não? Calma, o iBahia te ajuda. Nesta quarta (22), o portal traz um pouco dessa estrada, que também integra a história do Brasil.

Nascido em Salvador no dia 26 de junho de 1942, Gilberto Passos Gil Moreira, nosso eterno Gil, teve o primeiro cargo político aos 46 anos. O marco veio depois que ele foi eleito vereador da terra natal pelos seus conterrâneos. Foi exatamente no dia 2 de março de 1989, que o artista iniciava seu mandato na Câmara Municipal da cidade.

Na Casa, entre outras coisas, Gilberto Gil atuou como presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente, integrou os conselhos consultivos da Fundação Mata Virgem e da Fundação Alerta Brasil Pantanal, e também presidiu o então Centro de Referência Negro-Mestiça (Cerne), que foi instituído por ele e o antropólogo Antonio Risério.

Em 1990, o cantor chegou a representar oficialmente a Câmara Municipal de Salvador no Congresso Mundial de Governos Locais para um Futuro Sustentável, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), em Nova York.

Gil também criou o movimento ambientalista Onda Azul, com o objetivo de proteger os rios e mares brasileiros. Posteriormente, o projeto foi institucionalizado e se tornou uma fundação. Uma das suas últimas conquistas antes do fim do mandato, em 1992.

Focado novamente na música, o artista ficou afastado de cargos políticos por 11 anos, mas nunca ficou parado. Ele atuou em diversos órgãos nas áreas cultural, social e educacional, como o Conselho de Cultura do estado da Bahia, em 1979, e o Comunidade Solidária, entre 1995 e 2002.

No ano de 2001, Gil também foi embaixador da Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura (FAO).

Mas foi em 2003 que o cantor assumiu o maior cargo político da sua trajetória. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumia o governo em seu primeiro mandato, Gil se tornou ministro da Cultura.

Entre as principais ações da gestão do artista no Ministério, está o programa Mais Cultura, conhecido como PAC da Cultura, que colocou o seguimento como política pública prioritária.

Também foram proporcionadas políticas na área de audiovisual, permitindo que projetos culturais tivessem acesso a equipamentos multimídia.

Durante o mandato, Gil criou ainda um Plano Nacional de Cultura, atuou na área indígena, aumentou o uso de seleções públicas em ações da pasta e os investimentos em restauração de bens, e tornou patrimônio público vários bens imateriais, como o samba e a capoeira.

O artista ficou no cargo até o ano de 2007, no início do segundo mandato de Lula, quando pediu demissão para focar na carreira. Desde então, o cantor não mais assumiu cargos políticos.

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