Bruna Linzmeyer concedeu uma entrevista ao Podcastão, - o podcast que discute a visibilidade das lésbicas - da youtuber Lela Gomes, filha do diretor de novelas Rogério Gomes (o Papinha), e relembrou os relacionamentos que teve com homens antes de se assumir sua homossexualidade.
"Minha vida sempre foi maravilhosa. Fui casada com homem, namorei homem. Era ótimo, eu me divertia, estava tudo certo. Mas quando as mulheres começaram a chegar, eu entendi que podia ser muito melhor", disse ela, que foi casada por quatro anos com o ator Michel Melamed.
Durante o papo, a atriz ressaltou ainda que sempre tratou o assunto da sua homossexualidade com tranquilidade, mas que nem todo mundo reagiu bem quando ela "assumiu" publicamente que estava namorando uma mulher. "Não me deram a possibilidade de amar uma mulher. Essa não uma das escolhas possíveis. Eu não sabia que dava. Como eu estava um pouco mais confortável no meu corpo e em ficar com os homens, isso nunca foi um incômodo. Mas foi um roubo. Quantos amores e relações eu poderia ter dito aos 13, 15, 16 anos, 17, aos 20? E eu não pude ter", relembra.
"Foi, é difícil, mas também foi muito bonito. É como se fosse um filtro para a vida. Tem muita gente que não quer trabalhar ou viver comigo por causa disso, mas outras chegam e querem, também por causa disso. Mas me reconhecer lésbica foi uma farra (risos)".
Bruna teve o seu primeiro romance com uma mulher em 2015, aos 22 anos, com a cineasta Kity Féo, que é 24 anos mais velha que a atriz. "Eu não tinha medo. Isso era uma coisa que a Kity (Féo, a cineasta), minha namorada na época, conversa muito comigo. Porque a gente andava na rua, ia à praia, restaurante, e nunca deixava de pegar na mão dela, dar um beijo ou andar abraçada com ela. E ela falava 'você não tem medo?'. Era uma pergunta difícil para eu entender: medo de quê? Medo de me entregar a esse amor, que eu estou tão apaixonada e quer muito viver?. Que medo é esse? Que mundo é esse que eu deveria ter medo?".
'Já ouvi: 'Sapatão tem que morrer'
Bruna também comentou sobre o preconceito que já presenciou nas ruas com suas amigas: "A mim não. porque eu performo uma feminilidade mais normativa. Mas quando eu estou com alguma outra sapatão que não performa uma feminilidade normativa, eu já ouvi: 'sapatão!', 'sapatão tem que morrer'"...
'Meu irmão também é gay'
Ela também comentou sobre a reação dos pais a sua sexualidade e falou pela primeira vez sobre o irmão único, Helder, que é casado com um homem. "Meus pais são muitos legais, eles são interior, mas tudo fluiu bem. Meu irmão também é gay, então isso deu uma ajudada no processo".
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Redação iBahia
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