O mandado de prisão de Deolane Bezerra, cumprido nesta quarta-feira (4) pela Polícia Civil de Pernambuco, revelou o valor milionário recebido por ela mensalmente. O item 6 do documento judicial indica que além de advogada, a ex-Fazenda atua como empresária e influenciadora.
Na prática, as fontes de renda obtidas através das três profissões resultam em uma renda líquida mensal de R$ 1,5 milhão. O mandado ainda explica que trabalhos de publicidade estão listados.
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Ainda segundo a Polícia, Deolane negou ter conhecimento de transferências feitas pelo filho Kayky e ligação com o Esporte da Sorte.
Até o momento, a empresária seguirá presa após juiz da 12ª vara criminal de Recife declinar o pedido de julgamento do habeas corpus solicitado pela defesa. Ela é suspeita de integrar uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Prisão de Deolane Bezerra
Deolane Bezerra foi presa durante uma operação da Polícia Civil (PC) no Recife, em Pernambuco. Conforme divulgou a polícia, a empresária foi conduzida para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado na cidade de Afogados, na Zona Oeste na cidade.
A operação "Integration" realiza investigações sobre a atuação desta organização criminosa desde abril de 2023.
Além da prisão de Deolane, também foram expedidos outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão no Recife, além das cidades de Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiania (GO). Ainda segundo a PC, também foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.
Ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões também foram bloqueados e foi exigida a entrega de passaporte, bem como a suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.
Entenda operação que prendeu Deolane Bezerra
A investigação de lavagem de dinheiro foi iniciada em abril de 2023, a partir da apreensão de R$ 180 mil reais em espécie, no dia 1° de dezembro de 2022.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, no período de 2019 a maio de 2023, foram movimentados mais de R$ 3 bilhões em contas correntes, em aplicações financeiras e dinheiro em espécie, provenientes de depósitos e transações bancárias.
Ainda segundo o órgão, o dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados e com o imediato saque do montante. Além disso, com compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógio de luxo, além da aquisição de centenas de imóveis.
Os agentes de segurança pública identificaram movimentações financeiras atípicas de pessoas físicas e jurídicas, que indícios de ilícitos financeiros, sem nenhum suporte para transações comerciais e financeiras feitas pelo grupo e a maioria dos integrantes tem padrão de vida totalmente incompatível com a renda e bens declarados.
Mayra Lopes
Mayra Lopes
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