O cantor Pedro Pondé e o maestro Carlos Prazeres foram os convidados do terceiro episódio do "Diga Aí", talkshow apresentado por Jéssica Senra após o "Fantástico".
Na ocasião, o artista falou sobre autoestima e contou os bastidores da produção de conteúdo adulto que acabou viralizando nas redes sociais e gerando projeção para ele.
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De início, Pedro Pondé afirmou ser muito tímido desde criança. "É muito louco porque eu sempre fui muito tímido e ao mesmo tempo eu tive uma infância terrível com questões de saúde. Na época em que eu estava começando a me interessar pelas meninas eu comecei a ter um monte de furúnculos nas pernas", contou.
"Eu era aquele menino, aquele adolescente que as pessoas olhavam e faziam 'ãn' [nojo]. Depois eu fui melhorando as questões de saúde, mas isso continuou em mim e sempre me achei muito feio", seguiu o cantor.
A virada de chave veio quando ele começou a tratar questões internas, entrou na academia e passou a se enxergar com outros olhos.
"Aí fui para a academia, tive questões de ansiedade, depressão, mas aí a partir disso eu comecei a me olhar no espelho e 'pô, velho, até que eu não sou esse monstro todo', comecei a gostar de mim, me achar bonito", disse.
"Aí eu fiz uma música um pouco mais sensual e na minha página principal eu tenho um público infantil muito grande e respeito muito esse público. Eu fiz essa música e fiquei com necessidade de mostrar essa música, mas era um conteúdo mais adulto e aí lembrei de um perfil que eu tinha feito. Postei a música, as pessoas se empolgaram, eu me empolguei também e fiz 'pô e se eu botar duas fotos ali para criar um contexto' e eu 'pô, a galera está gostando também'", finalizou Pedro Pondé.
Bahia como régua e compasso
Já Carlos Prazeres, maestro da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), afirmou que a Bahia lhe deu "régua e compasso", além de fazer ele enxergar coisas que não via quando estava no Rio de Janeiro.
A vinda para o estado foi importante para uma mudança de percepção para algumas questões sociais.
"Fiz o caminho contrário de muitos músicos, como Gilberto Gil e Caetano Veloso. Eles foram para o Rio de Janeiro, e eu saí do Rio e vim para a Bahia. Presto atenção em coisas e milito por causas que, quando eu estava no Rio de Janeiro como sudestino, não observava", explicou.
Lucas Mascarenhas
Lucas Mascarenhas
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